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Crônica 100
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Marília Lovatel é escritora, cursou letras na Uece e é mestre em literatura pela UFC. É professora de pós-graduação em escrita literária e redatora publicitária. Tem livros publicados por diversas editoras, entre elas, Scipione, Moderna, EDR, Armazém da Cultura e Aliás. Vários dos seus 12 títulos são adotados em escolas de todo o país, tendo integrado 2 vezes o Catálogo de Bolonha, 2 vezes o PNLD Literário e sido finalista do Prêmio Jabuti 2017.

Crônica 100

Porque escrever põe um brilho singular em meus olhos. Porque sou lida pelos melhores leitores que eu poderia desejar — os meus! Porque escrevo sobre tudo e em tudo ponho um pouco ou muito de mim.
Tipo Crônica
FORTALEZA, CE, BRASIL, 09-09-2015: Ignácio de Loyola Lopes Brandão, escritor e jornalista. Páginas Azuis - Ignácio de Loyola Lopes Brandão. (Foto: Chico Alencar/O POVO) (Foto: CHICO ALENCAR)
Foto: CHICO ALENCAR FORTALEZA, CE, BRASIL, 09-09-2015: Ignácio de Loyola Lopes Brandão, escritor e jornalista. Páginas Azuis - Ignácio de Loyola Lopes Brandão. (Foto: Chico Alencar/O POVO)

Quando a jornalista — e cara amiga — Regina Ribeiro propôs que eu assumisse uma coluna de crônicas em OP+, aceitei o convite com um frio no estômago. O cubo de gelo começou a brincar de se rebater de uma parede estomacal a outra feito um descanso de tela. Ouvi a voz interna da autocrítica me desacreditar “Você tem assunto, repertório para quantos domingos?”.

Depois recebi importante sopro de ânimo de ninguém menos que Ignácio de Loyola Brandão. Desde outubro de 2013, uma amizade firmada nas páginas que lemos um do outro tem feito dele um oráculo imprescindível à minha trajetória literária. “Crônicas no jornal?” — ele me perguntou no e-mail — “Maravilha! Não poderia ser melhor. Também escrevo crônicas para jornais. Tudo cabe na crônica. Você vai fazer assim: escreva sobre tudo e em tudo ponha você".

Assim, tenho seguido o conselho do grande mestre, do primeiro domingo, em 5 de junho de 2022, ao centésimo, neste 28 de abril. Amanheço, anoiteço e sonho palavras. E elas até o momento não me faltaram.

Nesse período da escrita de 100 crônicas, integrei "Os modernismos de Gonçalina", coletânea assinada pelo Coletivo Delirantes — do qual feliz participo —, publiquei "Grãos de paisagens", uma narrativa em versos - finalista do Prêmio AEILIJ 2024 -, e lancei ao céu as minhas pipas nas "Pequenas crônicas voadoras". Também reformulei duas tentativas de romance metamorfoseadas em uma novela e um livro de contos — espero em breve dar notícias a respeito — e retomei com entusiasmo uma história presa na gaveta há dez anos.

Hoje posso responder àquela voz interior “Sim! Para 100 e quantos mais domingos a vida me permitir”. Porque escrever põe um brilho singular em meus olhos. Porque sou lida pelos melhores leitores que eu poderia desejar — os meus! Porque escrevo sobre tudo e em tudo ponho um pouco ou muito de mim.

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