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Armando de Oliveira Lima: Bastidores e futuro nebulosos do novo auxílio emergencial
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Armando de Oliveira Lima: Bastidores e futuro nebulosos do novo auxílio emergencial

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Na foto: Armando Lima, Jornalista (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Na foto: Armando Lima, Jornalista

Terminadas as rodadas de negociações no Senado, o Ministério da Economia se aproxima de deputados, dando continuidade à relação perniciosa construída pelo presidente Jair Bolsonaro e encampada pelo ministro Paulo Guedes - titular da pasta. O objetivo? Garantir míseros reais ao auxílio emergencial numa campanha que mais serviu para retardar o pagamento do benefício do que agilizar a vida daqueles cujo sustento dependiam dos R$ 600.

Sem nenhum interesse no assunto, em dezembro, quando se tornou urgente a prorrogação do auxílio, o ministro fez uso de uma tática corriqueira: impõe empecilhos sob a égide do teto de gastos. Quiçá fosse real o preciosismo dele. Na prática, Guedes patina nos objetivos traçados desde o começo da gestão, transitando entre os interesses do mercado financeiro e as promessas eleitoreiras do presidente.

Resultado? Coube ao Congresso apontar as fontes que devem custear o novo auxílio num debate asqueroso no qual saúde e educação tiveram os recursos ameaçados. Na lista de práticas condenáveis, ainda contamos com a falta de transparência porque, mesmo com a PEC Emergencial aprovada no Senado, o critério de seleção dos beneficiários e o novo valor ainda não foram explicitamente definidos. O que se conhece é de informações vazadas nos bastidores.

Se já não fosse ruim o suficiente, no Ceará, prefeituras assumem a missão de conceder um "auxílio emergencial municipal", ao invés de concentrar esforços para investir em saúde, educação e, especialmente, a compra de vacinas.

 

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