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Como será em janeiro
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Adailma Mendes é editora-chefe de Economia do O POVO. Já foi editora-executiva de Cidades e do estúdio de branded content e negócios, além de repórter de Economia

Como será em janeiro

Pessoas que vivem em extrema pobreza durante a pandemia de coronavírus (Foto: Fabio lima / O POVO)
Foto: Fabio lima / O POVO Pessoas que vivem em extrema pobreza durante a pandemia de coronavírus

Vivemos um momento de parada para muitas coisas da vida. Nada está dentro do normal que tínhamos, toda avaliação é duvidosa e o futuro, completamente incerto. Mas em meio a tantas perguntas para o que está por vir, existe uma que não me sai da cabeça: O que será das condições de vida da população em 2021?

Preços que não param de subir, falta de fornecimento de itens essenciais no mercado interno, desemprego nas alturas e clara sinalização para o agravamento do quadro de miséria e fome no País.

Dados divulgados semana passada pela pesquisa "Efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho brasileiro", da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apontaram uma redução da renda média dos residentes no Ceará de R$ 572 para R$ 466 do primeiro para o segundo trimestre de 2020. Queda de 18,5%. O efeito catastrófico da pandemia é claro.

O que está no escuro é como os governantes que assumirão municípios e câmaras pelo País em 2021 vão lidar com o desafio de enfrentar todo tipo de problema socioeconômico.

Um trabalho claro e intenso para os mais vulneráveis e de geração de emprego e renda não poderá faltar em nenhuma das propostas de governo dos candidatos. O olho do eleitor precisa ser apurado, evitando entrar na crença de propostas sem embasamento e de curto prazo. Recuperar queda de mais de 4% do PIB estadual (4,35% deve ser o recuo do PIB do Ceará para o ano segundo cálculos do Instituto Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará, Ipece) e combater desemprego de 11,7% (388 mil pessoas desocupadas no Ceará, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, referente a julho último) não serão tarefas para amadores nem para charlatões.

Com o fim do repasse do auxílio emergencial em dezembro - inclusive período oportuno para os que recebem o apoio do presidente Jair Bolsonaro para as próximas eleições -, não será possível nem contar com a ajuda insuficiente de R$ 600 (até agosto) e, agora, de R$ 300. A partir de janeiro será preciso encarar a realidade mais dura deixada por uma crise que já se formava antes da pandemia do novo coronavírus e que foi agravada com as condições de saúde no mundo.

 

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