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Ninguém descobre uma crise hídrica de um dia para outro
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Adailma Mendes é editora-chefe de Economia do O POVO. Já foi editora-executiva de Cidades e do estúdio de branded content e negócios, além de repórter de Economia

Ninguém descobre uma crise hídrica de um dia para outro

O que restou agora foi correr para ativar as térmicas, na contramão do que o mundo busca - mais fontes renováveis -, e aumentar constantemente as contas de energia de todos os brasileiros
Tipo Opinião
Aumento na conta de energia. Além a bandeira vermelha o consumidor tem que ficar atento com os reajustes (Foto: Thais Mesquita)
Foto: Thais Mesquita Aumento na conta de energia. Além a bandeira vermelha o consumidor tem que ficar atento com os reajustes

Ante mesmo de falarmos dos aumentos na tarifa do patamar 2 da bandeira vermelha e de novos reajustes já sinalizados para a conta de energia, existe uma realidade que indigna e que não dá para engolir. Como que reservatórios nacionais estratégicos, os do Sudeste e Centro-Oeste, para a geração de energia hidrelétrica chegam a níveis tão baixos, menos de 30%, e só em maio saem as primeiras notícias de uma crise hídrica que não se via há 91 anos?

Por mais que se diga que se esperava chuvas até o último minuto - período chuvoso das regiões vai de outubro a março -, já em janeiro o nível da água era preocupante, 24,7%. Ainda em fevereiro, se ouvia do até então diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Eduardo Barata, que "haverá uma tendência de continuada queda nos custos marginais de operação de todas as regiões do nosso País, em função dessas chuvas que continuam sendo esperadas".

A solução para o que se desenhava como um futuro problema foi posta como algo que cairia do céu, literalmente. Mas aí estamos falando de ignorar os riscos para uma fonte que gera cerca de 60% da nossa energia elétrica.

O que restou agora foi correr para ativar as térmicas, na contramão do que o mundo busca - mais fontes renováveis -, e aumentar constantemente as contas de energia de todos os brasileiros.

E lembro: agora já dói no boleto de luz de cada mês, imagina quando indústria, comércio e serviços começarem a repassar a conta de energia deles para todos os produtos que consumimos.

 

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