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Derrotado em Curitiba, Fortaleza se dedica a broncas inúteis com arbitragem
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Derrotado em Curitiba, Fortaleza se dedica a broncas inúteis com arbitragem

Tipo Opinião

. FORTALEZA perde, mais uma vez, lá dentro do estádio do Athletico Paranaense (2 a 1), permitiu a virada do placar, que lhe era favorável no primeiro tempo para, novamente, botar a boca no trombone contra a arbitragem. De roldão, o VAR também. Desde que a bola é redonda no futebol que o perdedor procura sempre algum pretexto para transferir responsabilidade da derrota. Este panfletário virou rotina, como se isso convencesse ao torcedor. A não ser os fanáticos.

. NÃO é a primeira, nem será a última. Vez passada foi contra o Fluminense, aqui, no Castelão acusando a arbitragem de ter expulsado um zagueiro que, aliás, fez por onde. Até o Ceni aumentou tom da prosa, esgoelando-se como se resolvesse alguma coisa. O presidente Marcelo Paz vez coro.

. DE nada adiantou. Tricolor perdeu três pontos preciosos porque não soube ganhar do Flu, em campo, jogando um futebol abaixo da crítica, onde nada funcionou. Se era pra desviar o foco da derrota, em vão. Poucos deram eco aos protestos.

CAMELOS DO DESERTO

. AGORA, chegou a fez do Athletico-PR, de quem, por sinal, lá dentro, nunca o Fortaleza ganhou. Acabou perdendo mais uma. Saiu em vantagem no tempo inicial, não soube segurar o resultado. O jeito foi procurar um bode expiatório pra transferir a culpa.

.ACABOU encontrando dois de uma raquetada só. Um é pouco, dois é demais. Reclamar de arbitragem e nada é a mesma coisa. Reclamar do VAR é o mesmo que bradar para os camelos do deserto. VAR chegou, ali, por determinação da Fifa, com pretensões de ficar por muito tempo. Quem sabe, para sempre.

. SUA função, única e exclusivamente, é tirar alguma dúvida que atormente o árbitro, naquela de ficar indeciso. Vai lá, pede ajuda, expõe a dúvida, o VAR sai em seu socorro. Tira a dúvida, deixando o árbitro de consciência limpa. Será? Só se for pra descarrego dela.

RECUO FATAL

- MAIOR pecado do Fortaleza foi a de se precaver demasiadamente no segundo tempo, cuja finalidade era garantir o placar que lhe era favorável. Deixou o campo aberto para o clube paranaense atacar em massa. E olhem que o Athletico-PR é ruim de dar dó. Tanto assim que, até então, estava na vice-lanterna.

. ESPAÇO livre pra atacar, serviu-se a vontade. Este recuo foi fatal para o Tricolor. Qualquer outro adversário faria o mesmo que o rubro-negro do Paraná fez. Água mole em pedra dura, tanto bate, uma hora vai furar. Não deu outra. Empatou e final do jogo desempatou através de Kayser.

ROTA DE COLISÃO

. SE toda vez que o Fortaleza perder resolver transferir responsabilidades para a arbitragem, ou o VAR, chegará a um ponto que virará lugar comum. Um time precisa saber ganhar, também reconhecer quando é derrotado. Neste Brasileirão, cheio de retas e curvas, rota de colisão, tudo pode acontecer.

. NÃO serão protestos histéricos que mudarão o rumo das coisas. Os 2 a 1 construídos pelo fraco time do Athletico-PR, 3 pontos conseguidos já foram somados ao seu favor. Ninguém vai tirar dele. Seria bom que aprendessem a lição da humildade. A sabedoria oriental sabe ensinar muito bem.

O PROTESTO

. DESTA vez Ceni resolveu não dar coletiva. Como a cantilena seria a mesma, preferiu que o presidente Marcelo Paz assumisse o púlpito. O script foi o mesmo — arbitragem e VAR. Em vão.

OLHAR DISTINTO

. CEARÁ entrou em campo pra enfrentar o Sport pernambucano, ontem à noite, no Castelão envolto em problemas, natural nesses tempos de pandemia sem fim, que não escolhe cara. Treinador que se vire pra dar seu jeito.

. OLHAR alvinegro tinha dois rumos. O Sport pela Brasileirão e o Palmeiras, quarta que vem pela Copa do Brasil, onde a grana corre solta. Não foi bem isso que decretou o resultado de ontem à noite, embora sirva como desculpa ou alento. Quem sabe, motivação.

 

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