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A barafunda sem fim do VAR em Ceará x São Paulo
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

A barafunda sem fim do VAR em Ceará x São Paulo

Tipo Opinião

- VAR, a gerigonça inventada pela Fifa, cuja missão é a de tirar dúvidas do árbitro dentro de campo, a partir do erro mais primário, até o mais complexo, por vezes enfia os pés pelas mãos, causando toda espécie de problemas para o apitador — coitado! — com especialidade.

- CERNE da questão. O gol polêmico do São Paulo que gerou toda aquela quizumba, parafraseando o advogado Carlos Tolstoi e que, por sinal, daria a vitória ao clube paulista.

OU NÃO VIU OU FINGIU

- A QUESTÃO passa ser complexa, a partir da própria marcação errada do árbitro em confirmando o gol do São Paulo, em impedimento claro. Nem sequer se deu ao luxo de olhar para o bandeirinha que, segundos antes, levantara o bastão. Ou não viu ou fingiu não ver pra melhor passar.

- SE ficasse aí, tudo bem. Não ficou e piorou. Mandou a bola para o centro do gramado, sob protestos dos jogadores do Ceará, confirmou o gol do tricolor paulista, sequer consultou o auxiliar.

- PARA que o imbróglio ficasse ainda pior, o VAR lá de cima confirmara o gol, isto é, o atleta do São Paulo não estava impedido. Consciência limpa do apitador, fez o que ela ditava — mandou o Ceará reiniciar o jogo com vantagem paulista. Logo, 2 a 1 no placar.

MAUS LENÇÓIS

- DE repente, lá se vem o VAR de outra vez, através de uma de suas "sumidades" determinando ao árbitro que voltasse atrás, pois o lance tinha sido mesmo em impedimento, logo, o gol não valera. Volta a fita, aí quem chiou foi o São Paulo.

- EM maus lençóis, o apitador não sabia a quem atender — se o que a sua consciência ditara, mesmo de forma errada, ou ao VAR, que fê-lo consertar o erro, antes que o desastre fosse pior. Qual mesmo desastre, cara-pálida?

- DETALHE relevante. Antes de voltar atrás da decisão do gol normal, por ele assinalado, o Ceará fez a bola entrar em movimento, engolindo, mesmo que à força, o erro do desastrado do apito. Errar uma vez até se entende, é humano. Errar duas vezes tem outro nome.

- PREVALECEU o que um dos integrantes do VAR determinara — lance do gol foi irregular, logo devia ser anulado e o placar ao invés de 2 a 1 pró São Paulo, voltava a ser 1x1. Quantas pajelanças num lance só. Quanta covardia, também.

ÉTICA CHULA

- NÃO esquecer dois detalhes. Primeiro, os integrantes que ficam na cabine indevassável do VAR, em número de três, e mais um, o outro que fica ali peruando. Logo, não há unanimidade numa decisão, embora um não conteste a decisão do outro em nome de uma ética chula.

- E O outro detalhe? Qualquer rábula do apito sabe, porque elementar. Quando a bola é posta em movimento, em lance polêmico como aquele, a tradução é simples. Qual? A partida será reiniciada com o que o placar acusa. Não se pode, nem se deve, dar marcha-a-ré após a bola rolar. Que se engalfinhem depois do jogo.

PRIMEIRO DA FILA

- APITADOR estava na obrigação de saber disso e o pessoal do VAR também, pois formado por árbitros ou ex-árbitros. Corroborar com um erro é pecado mortal de levar seu autor pros quintos dos infernos. Neste rolo, o homem do apito é o primeiro da fila.

- RESUMO desta pantomima. O placar voltou a ser 1 a 1, o Ceará se deu por satisfeito, mas o São Paulo continuará estrilando. Motivo? Aqueles 3 pontos, para quem disputa o título, seriam valiosos, pois o fariam encostar no líder do Brasileirão. Ao Ceará, nem tanto, pois foi o beneficiado, ganhou um ponto, subiu um pouco na tabela, em compensação continua jogando pedra na lua.

- ISSO exposto, onde vai parar toda esta confusão? Pelos caminhos legais para o STJD, pois caracteriza-se claramente erro de direito. Daqui que o STJD julgue o caso, é bem provável que a vacina da Covid já tenha sido aprovada. O STJD anda a passos de lesma. Se é assim, sugere-se recorrer a ONU ou ao Tribunal de Haia...

- JÁ se sabia, bem antes, que a criação do VAR pela Fifa, traria em seu bojo uma série de problemas, pois se ninguém é perfeito, imaginem uma máquina regida por homens imperfeitos. O VAR, enfim, ainda não é um robô, mas será um dia. Podem aguardar.

- OUTRA solução seria a Fifa acabar com o VAR de uma vez por todas e voltar a deixar as soluções, dentro de campo, para os árbitros que nem sempre agem com honestidade. Repetindo Freud — " A mente humana é uma floresta negra, indevassável".

RASTILHOS

- RICHARD entrou numa fogueira, mostrou estar em muito melhor forma que o Prass, que a tudo assistia, cara fechada no banco de reservas... /// E O primeiro gol de Léo Chu com a camisa do Ceará, hein! Trocou de pé na hora da conclusão final dentro da área. O Ceará vai entregar ao Grêmio um prato feito... /// SEM essa de que o Ceará jogou com seu uniforme preto pra homenagear o Maradona. Este uniforme já vem sendo usado há precisamente 4 jogos. Ainda assim, o imortal Maradona pode se sentir homenageado.

 

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