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Alan Neto: O que faltou dizer em 2020?
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

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Alan Neto: O que faltou dizer em 2020?

Tipo Opinião

(1) PASMEM. Este ano de 2020, que hoje se finda, sem deixar qualquer nesga de saudade, nosso Clássico-rei, ou seja, Ceará x Fortaleza, disputado sete vezes, um recorde. Inclusos aí uma decisão fora de casa, pelo Nordestão, no qual o Alvinegro despachou o Tricolor, para decidir com outro tricolor, caso o Bahia, por coincidência, que virou freguês de caderno. E dentro do Pituaçu, tornou-se campeão do Nordestão, aliás bi, ainda por cima invicto.

(2) FOI, aqui, no Castelão, a primeira partida de cunho internacional, a Sul-Americana, quando um clube cearense chegou lá pela primeira vez. Infelizmente Fortaleza foi despachado pelo Independiente-ARG, embora tenha saído de cabeça erguida. Se é que serve de consolo...

(3) ATÉ que se prove o contrário, coube ao Ceará realizar a primeira contratação, via do empréstimo, envolvendo euros, de um brasileiro que atuava no futebol italiano. Vizeu veio, apurou a forma por bom tempo até entrar em campo. Fez um gol, saiu contundido e mais um mês fora de combate. Falta, agora, só provar se valeu a pena tamanho investimento, enquanto o Ceará, não se arrepende da possível mancada, quer dizer, euros pela janela.

(4) MARCHA-ré. VAR foi implantado no Brasil, ano passado (2019) pra valer, mas sem um ano antes ser testado em alguns estádios, primeiro dos quais em Pernambuco. Até a geringonça Fifa funcionar ainda levou bom tempo. Hoje, volta a repetir, faz mais estragos que acertos. O pior ter destronado o árbitro de campo ao perder toda sua autoridade. Apitador que em dúvida, apela para o VAR - razão cabe ao Dacildo Mourão - devia jogar o apito fora.

(5) OUTRA novidade da Fifa, só que este ano, foi a de mudar o número de substituições durante uma partida. De três para cinco, quase meio time. Desta vez, porém, deixou ao critério das confederações filiadas, aquela do livre arbítrio. Consta, só a Inglaterra não aderiu. Inglês é orgulhoso, sem essa de maria-vai-com-as-outras.

(6) QUEM mais recebeu cartões, amarelo ou vermelho, não vem ao caso, aqui, no futebol cearense? São recordistas Leandro Carvalho, com especialidade e Samuel Xavier. Pelo Fortaleza, lateral Carlinhos. Jogador é malandro. Ao enxergar o tamanho da competição, por vezes toma os três amarelos alternados, claro, de propósito. Pra ficar fora do jogo seguinte...

(7) CBF implantou este ano um minuto de silêncio em todos os jogos oficias, sinal de respeito e dor, pelos que morreram vitimados da Covid-19. Não se sabe se os demais países aderiram, porque em cada canto o dono da caneta é diferente, embora todos os países tenham sido vítimas do vírus fatal.

(8) CAMPEÃO sem dar a tradicional volta olímpica? Sim, pode ser. Afinal quem vai correr em volta do campo com aquela taça pesada, se não há torcedor nas arquibancadas para aplaudir e vibrar? Não se corre em homenagem as almas. Aliás, correm-se delas...

(9) EM matéria de jogador -bilheteria, exceção de Vizeu, embora nem tanto, cria do Flamengo, no qual fez sucesso fugaz, foi emprestado ao Grêmio onde não emplacou. Entretanto, em termos de refugos e apostas, este ano o futebol cearense foi uma grandeza. Ferroviário, com especialidade. Funcionou ali o dedo do Jurandi Júnior, gerente de futebol manda chuva, porém com anuência do técnico e da diretoria. Um vai-vem de cabeças de bagre, não emplacou, claro. Resultado - o Ferrão não saiu da Série C, onde por pouco também não desceu. Foi preciso a dupla Villar e Jurandi, pedir as contas, ou foram dadas. Tanto faz.

(10) GRAMADO do PV arrancado, ideia do prefeito RC, para ser construído um hospital de campanha, nada contra. Apenas, no lugar errado, quando o Centro Olímpico um monumental elefante branco, tem espaço duas vezes maior. Desmontado o hospital, ninguém se lembrou de mandar reimplantar o gramado. Como RC está de saída, ficou para o prefeito que assume amanhã, José Sarto. Se tiver outras prioridades, e não for chegado ao futebol, o nosso PV estará frito...

(11) DEMOLIÇÃO do histórico estádio Alcides Santos, de propriedade do Fortaleza, para dar lugar ao Centro de Excelência, ideia do ex-técnico Ceni, época em que casava e batizava no Pici. Menos mal que não foi mudado o nome, embora muitas viuvinhas do Ceni chegassem a sugerir o seu nome. Marcelo Paz, não assinou embaixo essa ideia de jerico. Curioso foi a criação de uma "vaquinha" visando minimizar as despesas. Consta, Ceni, ter entrado com R$ 100 mil, versão jamais confirmada. Nem desmentida. E ficou o dito pelo não dito.

(12) ICASA, simpático Verdão do Cariri, time pelo qual Camilo Santana torce, de volta este ano ao grupo de elite do futebol cearense, após 4 anos ausente atolado em crise financeira sem precedentes. Deu a volta por cima, ao lado de mais dois clubes da região (Crato e Barbalha), algo inédito. Viva o Cariri!

(13) O QUE não foi novidade antes, repetiu-se este ano, quer dizer, nenhum árbitro cearense escalado para a Série A até agora. Nem será. Gota d'água desta queimação foi a desastrada arbitragem de Léo Simão, provocando um ribombar na Série A. Saiu queimado e levou de roldão todos os demais companheiros de apito. Por sinal, depois da última safra em que Dacildo Mourão chegou à FIFA, nunca mais o apito cearense foi o mesmo.

(14)APÓS ler e reler o excelente livro do Tostão, tão bem narrado, me atrevi a comprar o do Edmundo - o Animal. Não cheguei a décima página, encostei na biblioteca. Se arrependimento matasse...

 

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