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Alan Neto: A primeira fornada de 2021
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

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Alan Neto: A primeira fornada de 2021

Tipo Opinião

- PRIMEIRO jogo deste Ano Novo, 2021, também atípico para o futebol, não envolverá, ainda, Ceará e Fortaleza, por conta da pausa no Brasileirão durante 10 dias, conta e risco dos festejos de fim de ano.

- ESTARÃO se enfrentando, hoje a tarde, no Castelão, Floresta x América/RN, no mata-mata cujo objetivo é de decidir quem poderá subir para a próxima Série C nas quatro vagas que sobrarão.

- POR enquanto o Floresta vai bem na fita da competição, tanto que sobreviveu até agora estribado numa campanha acima de regular. A Série D é aquele tipo de torneio que se estende por muito tempo devido ao imenso número de participantes. Tantos são, impossível nominá-los, a não ser uma mente muito brilhante.

- POUCO também interessa ao torcedor que dela, sequer, toma conhecimento a não ser em casos especialíssimos, muito pela qualidade dos clubes, sem torcida e sem grife. Serve porém, para a CBF prestigiar suas federações espalhadas pelo Brasil, através da quais robustece seu colégio eleitoral. Maioria das vezes os clubes participantes entram com a cara e a coragem.

- CASO do Floresta é um pouco mais especial por ter uma boa estrutura montada, sobrevivendo de uma família que gosta de futebol, a começar pelo pai, comerciante de tecidos, cuja primeira experiência, aconteceu no Ferroviário quando integrou o tal 3 Mosqueteiros. Coincidência ou não, os três se tornaram empresários de futebol, apenas um deles, permaneceu indo e voltando para tentar ajudar o Ferrão.

- FLORESTA pode não ter uma grande torcida, realmente não tem, oriundo de um bairro afastado da cidade, mas leva em conta ter uma boa organização, um bom gerente de futebol, um técnico que vem dando certo e um elenco formado dentro de casa. Como paliativo, vá lá que seja.

LUTA CONTRA O TEMPO

- FORTALEZA, quase não parou na folga de final de ano, dois ou três dias pois, o técnico Chamusca precisa de tempo para afinar as linhas do seu time, cujo ponto ideal está difícil de achar. Menos por não ter elenco, muito mais por não saber que rumo tomar, a partir da fixação de uma equipe que, ao menos, pareça ideal.

- TALVEZ tenha encontrado naquele time contra o Flamengo quando foi obrigado a entrar com um 4-4-2 temendo levar uma goleada e não foi bem assim. O Flamengo foi uma decepção, enquanto o Fortaleza, por temê-lo em demasia, preferiu optar por não perder.

- COMO em futebol nada é perfeito, a exemplo da vida, se o Tricolor cobriu um santo, reforçando a meia cancha, espécie de paredão para os zagueiros, o ataque ficou inteiramente alheio, sem oferecer o menor cuidado ao adversário.

- AQUELA história do cobre-se um santo, descobre-se o outro. Ideal, ou quase, se for o caso, seria um 4-3-3 com um atacante descendo para armar os contra-ataque. Chamusca até tentou improvisando o múltiplo Tinga, que é bom mas não tem esse cacoete. Pior ainda foi fazê-lo reversar-se com Gabriel Dias.

- PORÉM descobriu que Ronald não pode ser reserva ali na cabeça de área, superando ao Felipe no trabalho de desarme. Sacá-lo do time seria pecado mortal. Na armação Juninho dá para os gastos, por ser bom batedor de faltas e escanteios, nada além disso.

- A QUALQUER momento, Chamusca encontrará a formação ideal. Espera-se o mais rápido possível pois o tempo urge com os 12 jogos, maioria decisiva, que terá pela frente. Se falar menos e agir mais, talvez encontre este caminho e consiga respirar um pouco mais aliviado. A situação começou a ficar preta para os lados do Pici, logo, pra ele também. Mas aí é outra história que o tempo contará.

NOS TRILHOS

- DIFERENTE do rival, o Ceará respira mais aliviado, cada vez se aproximando dos 45 pontos que sacramentarão sua permanência no Brasileirão deste ano. Este é a prioridade única, por enquanto. Depois daí pode começar a sonhar com Sul-Americana e outros fantasmas. Neste ponto, Guto Ferreira tem os pés no chão da realidade, naquela de não sonhar tão alto, nem se antecipar aos fatos.

AS DIFERENÇAS

- DIFERENTE do Fortaleza que zanza em busca de uma formação fixa, o Ceará já tem a sua, a partir de um modelo que prioriza a cautela, sem praticar um futebol bonito, contudo exemplar, que, afinal dá para os gastos.

- A SEU favor uma defesa bem plantada, apesar de sofrer horrores a quem entregar sua meta, pois se o veterano Prass não passou segurança, por conta dos seus reflexos, quem entrou no seu lugar, Richard, pior a emenda que o soneto. Nunca se pode apostar no seu equilíbrio emocional debaixo das traves.

- TEM a seu favor, contudo, um jogador que faz a diferença dos demais, Vina, menos por ser um craque, mas por se ressaltar entre tantos companheiros que se limitam a fazer o trivial, não com brilho, mas muita disciplina tática.

- MAS é um time bem treinado e que conhece os desvios deste caminho tortuoso que é de se manter na Série A. Reside aí o maior mérito de Guto, não um treinador brilhante, porém com a vantagem de enxergar um pouco mais além de um horizonte tão restrito.

 

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