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Ceará é especialista em criar metamorfoses em jogadores
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Ceará é especialista em criar metamorfoses em jogadores

Tipo Opinião

.DECIDIDAMENTE o astral de Vina está em alta. Se for o caso, continua. É o sexto artilheiro do Brasileirão (12 gols) e um dos quatros maiores da temporada, com 21. Mérito dele, sim, mas do Ceará também, redescobrindo-o para o futebol, pois com o nome Vinicius não iria a lugar nenhum. Só foi mudar para o apelido, seu bom futebol finalmente apareceu.

BICHO REPETIDO

.VITÓRIA sobre o Palmeiras, domingo no Castelão, fez o presidente Robinson de Castro abrir a mão e a chave do polpudo cofre alvinegro. Premiou cada jogador com o adorado "bicho molhado", mas não com os mesmos R$ 50 mil distribuídos após a vitória do Flamengo, quem sabe a metade. Sem esquecer a premiação extra prometida se o Ceará alcançasse o patamar dos 45 pontos, o que significa dizer passaporte carimbado para o próximo Brasileirão. E se chegar à Sul-Americana, mais premiação a vista.

O RATO QUE DEU CERTO

.WELLINGTON Rato, que surgiu no Ferroviário e daqui saiu por uma multa contratual ínfima de R$ 10 mil para o Atlético-GO, por pouco não fez o gol que seria o mais bonito da rodada. Mandou meia-cancha e defesa do Fortaleza fazerem fila, foi driblando cada um até ser aterrado pelo Paulão. O olho clínico de Marcelo Cabo enxergou de tão longe aquilo que os técnicos de Ceará e Fortaleza jamais conseguiram ver.

PENSANDO LIVRE

.GRANDE Millôr Fernandes dizia — "Livre pensar é só pensar". Dois exemplos. Juninho Baiano, que não é de perder pênalti, perdeu um dos raros da sua carreira contra o Atlético-GO, chutando em cima do goleiro. Claro, não foi de propósito. Mas a expulsão de campo, sem a menor necessidade, deixou mil dúvidas zanzando no ar.

VELHOS COMPANHEIROS

.APÓS o jogo no Castelão, Felipe Melo, aquele que em cada jogada que disputa vai mais na canela do adversário do que na bola, reencontrou seu velho companheiro de tantas jornadas, Fernando Prass. Coincidência — os dois estão curtindo banco. Ao revê-lo, Felipe fez festa, entregando-lhe a camisa do Palmeiras como souvenir. A recíproca, porém, não foi verdadeira. Prass, por esquecimento, ou de propósito mesmo, não deu a sua do Ceará. Detalhe — a do volante palmeirense estava ensopada de suor, argh! A do goleiro do Ceará, enxutíssima, pois do banco não sai, aliás, faz um bocado de tempo.

DOR DE COTOVELO

.O QUE deixa o torcedor do Fortaleza com mais dor de cotovelo é o de ver que o maior rival já chegou aos 45 pontos, isto é, Brasileirão cravado para o próximo ano, enquanto o Tricolor ainda pena tentando não voltar à zona de rebaixamento, ali, tão próxima. Pra completar: os 10 pontos de diferença de um para o outro só faz aumentar ainda mais, esta dor de cotovelo para a qual, aliás, não tem remédio no mundo capaz de curá-la...

MEMÓRIA CURTA

.ALGUÉM precisa avisar ao Guto Ferreira, ou se for o caso lhe dar de presente uma calculadora, que a maior pontuação do Ceará em pontos corridos não foi agora, sim, 2010, com 47 pontos com o mesmo número de jogos. Alvinegro chegou aos 45, tudo bem e merecidamente. Está no próximo Brasileirão, claro que sim, porém os números não mentem.

CÉU & INFERNO

.EM Goiânia, enquanto Juninho foi do céu ao inferno, perdendo um pênalti e cavando sua expulsão, Jean, goleiro do Atlético, entra pra história. Defendeu e fez gol de pênalti que, aliás, aprendeu no São Paulo, quando ainda era das bases, com Rogério Ceni, então batedor oficial de faltas e pênaltis no clube paulista. Lá, Ceni, mandava, desmandava, era intocável. Foi só em se transformar em técnico, seu telhado virou vidraça.

PARALELOS

. SAIU Chamusca que sequer devia ter sido contratado, pior ainda ter demorado tanto tempo com o Fortaleza caindo pelas tabelas, entrou Enderson Moreira. Mudança pra melhor ou pior? Não cheirou nem fedeu. Ficou na mesma. Rápido balanço da campanha de Moreira: 4 jogos, uma vitória, duas derrotas, um empate. Alguém dentro do Pici está querendo ver a caveira do Marcelo Paz. Adivinhem quem?

DUPLA PERFEITA

.CAUCAIA não dormiu no ponto. Trouxe Ciel de volta, que virou artilheiro da Fares Lopes, é a sensação do time e o dono da bola. Como o Caucaia adora dar vez a veterano, está resgatando Magno Alves, ele mesmo, do alto dos seus 45 anos. Garante que corre 90 minutos e acréscimos sem botar a língua de fora. Magnata é o jogador mais velho em ação no futebol brasileiro.

 

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