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Além da retina: o que surgiu da vitória do Ceará na estreia na Sul-Ameircana
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Além da retina: o que surgiu da vitória do Ceará na estreia na Sul-Ameircana

Tipo Notícia

.NA preleção, ainda no hotel, concedida a palavra aos jogadores, Vina se manifestou pedindo ao técnico Guto Ferreira, caso acontecesse algum pênalti ele não bateria. Guto concordou. Resolveu a questão logo ali -"Então bate o Mendoza e segunda opção o Vizeu". Portanto, sem surpresa que o colombiano batesse, por pouco o goleiro não pegava. Vizeu bateria melhor? Sabe-se lá...

OLHO DO DONO

. PELA primeira vez na história do Ceará, logo, fato inédito, um presidente resolveu ver o jogo, na estreia da Sul-Americana, sentado no banco de reserva ao lado dos jogadores. Robinson de Castro escolheu uma das extremas e ficou na dele. Se a presença dele, ali, constrangeu os reservas, não vem ao caso. Nos gols do Ceará, apenas levantou os braços. Enfim, presidente tudo pode.

LUGAR AO SOL

.ESCALAÇÃO de Naressi, no posto de Oliveira, de há muito estava decidida. Pra entender melhor. Desde a goleada sobre o Sampaio Corrêa, quando entrou, foi o melhor em campo. Ele é um cabeça de área diferenciado, daquele tipo que sai pro jogo com a bola dominada. Autor do primeiro gol do Ceará, no batismo da Sul-Americana, pouco vibrou, embora não evitasse a montanha de jogadores sobre ele.

PRÊMIO MENOR

.APÓS o terceiro gol do Ceará, que fechou o placar sobre o Wilstermann, aliás, um golaço, Vina não aguentou a emoção e chorou. Tinham sobrado motivos. A cobrança sobre seu bom futebol do ano passado se avolumava. Piorou com a perda de pênaltis. No choro, o desabafo. De alegria? Vá lá que seja. Guto, ao ver a cena, tratou logo de substitui-lo. Não tinha mais nada para Vina fazer em campo.

RUIM DE DOER

. PARTIDA contra o Ceará foi a nona que o Wilstermann realizou no Brasil e a sexta no Nordeste, quer dizer, Bahia e Pernambuco, antes do Ceará. Não venceu nenhuma. Motivo é simples de ser explicado. O Wilstermann é ruim de doer.

CAMISA VIRGEM

.NENHUM empresário da terra se atreveu a patrocinar a nova camisa do Ceará em sua estreia na Sul-Americana, embora o jogo tenha sido transmitida pela ConmebolTV para o Brasil e toda América do Sul. Setor de marketing sequer lembrou-se do sócio-torcedor, pra preencher o espaço virgem. Empresários locais ou não gostam de futebol ou são mãos de vaca, mesmo. Enquanto isso, o Wilstermann, estava lá, estampada em sua camisa vermelha, a poderosa Suzuki e nas mangas a não menos poderosa Coca-Cola. Conclusão — os empresários bolivianos dão de goleada nos nossos.

JALECO QUENTE

.NO banco do Ceará, indicado pelo departamento médico, estava o dr. Joaquim Garcia Filho. Foi sua estreia internacional. Pelo visto tem pé quente. Dr. Joaquim está no Ceará há mais de 10 anos. Saiu da faculdade direto pra servir ao Alvinegro, dono do seu coração.

ÁGUA EM EXCESSO

.QUANDO não é oito, é oitenta. Aguaram tanto o gramado do Castelão, antes do jogo, tornando-o escorregadio, para desespero de alguns jogadores. Mendoza foi quem mais chiou pois, velocista que é, quando empreendia uma arrancada escorregava. Pelo menos três vezes. Aliás, o colombiano está jogando um bolão cada vez mais redondo. Não perdeu a mania de jogar sorrindo o tempo todo, mesmo quando é atropelado pelo adversário. Para ele, aquilo tudo não passa de um grande passatempo. Vai ver é mesmo.

O PRIVILEGIADO

.GOLEIRO Richard foi um expectador privilegiado dentro de campo. Sequer sujou o calção. O Wilstermann só ameaçou no lance do pênalti que Osorio bateu no ângulo, indefensável.

PEGANDO MARRA

.GUTO Ferreira selecionou cinco jogadores do sub-20 e os colocou no banco de reservas. Primeiro pra incentivá-los. Segundo, para que eles comecem a ganhar marra. Não cabiam de emoção.

NUMERAÇÃO CORRETA

.SE a CBF não faz, a Conmebol foi lá e botou ordem na casa. Determinou a numeração das camisas, na relação dos 50 atletas. Acabou com aquele chafurdo de cada jogador escolher a numeração maluca que bem entender.

PIROMANÍACO

. DUAS vezes, em menos de 60 dias, dois princípios de incêndio no Castelão. O primeiro numa das cabines. O outro, dia do jogo, num dos vestiários, justo onde o Fortaleza fica. Os bombeiros entraram rápido em ação. Chega-se à conclusão que só pode ter nas imediações do Castelão um piromaníaco sempre à espreita...

 

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