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Fortaleza venceu com sobras o rival Ceará no último Clássico-Rei
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

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Fortaleza venceu com sobras o rival Ceará no último Clássico-Rei

FORTALEZA bateu o Ceará por 2 a 0 no último Clássico-Rei válido pelo Campeonato Cearense deste ano. Foto: Aurélio Alves     (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves FORTALEZA bateu o Ceará por 2 a 0 no último Clássico-Rei válido pelo Campeonato Cearense deste ano. Foto: Aurélio Alves

.FORTALEZA venceu merecidamente seu maior rival, Ceará, por 2x0 no clássico-rei por méritos próprios e porque foi melhor em campo, ou menos ruim, se for o caso. Ganhou e é o que basta. Há que ressaltar que o Tricolor sob novo comando, do argentino Vojdova, está ainda em formação, dentro daquilo que ele quer aplicar como novo estilo tático.

.TODOS sabem que, para chegar a esse estágio, demanda um pouco de tempo. Exigindo mais treinamentos, posicionamentos dentro das quatro linhas e, sobretudo, alcançar o tão esperado entrosamento. Juan Pablo pegou uma casa em destroços e tenta reerguê-la. A vitória no clássico lhe servirá como guia, principalmente, dar novo alento aos atletas e e, especialmente, a sua torcida.

.CEARÁ é visível, aos olhos de qualquer um vem em queda técnica, não é de agora. Contra o fraco Arsenal, da Argentina, já deu pra se perceber. Como Guto não muda a forma do seu time jogar, sempre repetindo a mesma cartilha, facilita a vida dos adversários.

 

Ceará, entre tantos argumentos, debulhou que não era sua equipe principal e sim uma espécie de mistão. Mostrou ter pouco interesse no clássico e, principalmente, no Campeonato Cearense? Lorota pra encher linguiça dos tolos

 

.FORTALEZA passa por fase de transição. Até chegar ao chamado ponto ideal ainda vai ralar um bocado. Vojdova sabe disso pela experiência que acumulou, mesmo com pouco tempo de profissão. Esta é a sua primeira vez no futebol brasileiro. Veio parar justamente no Tricolor que estava às quedas, precisando de algo diferente para respirar novos ares.

DESCULPAS QUE NÃO COLAM

.CEARÁ, entre tantos argumentos, debulhou que não era sua equipe principal e sim uma espécie de mistão. Mostrou ter pouco interesse no clássico e, principalmente, no Campeonato Cearense? Lorota pra encher linguiça dos tolos. Da equipe principal não estavam em campo uns três ou quatro. Dentre eles Vina, cujo futebol, diferente do ano passado, procura um prumo certo.

.NINGUÉM obrigou ao Alvinegro não mandar ao Castelão sua formação principal. Ele o fez por conta própria, precisamente aí seu maior erro. Se era porque o foco é a Sul-Americana, explica até certo ponto. Justificar, não. Mesmo porque a partida contra o Bolívar só seria realizada cinco dias depois. Ademais, tentar desvalorizar a importância ao nosso clássico-maior é outro argumento tão pueril e inútil.

PECADO VENIAL

.PERDER para o maior rival, seja lá qual for a circunstância, o deixa mal na fita. E se fosse a força máxima teria perdido? Adivinhar é pecado venial. Seria bom recomendar ao treinador Guto, que os dois últimos resultados, no bojo dos quais, especialmente, a derrota para o Fortaleza, exalam um forte sinal de alerta.

.ENTÃO, a equipe vem em queda livre? Nem tanto assim, mas bem diferente daquele time de jornadas anteriores. Quando um técnico repete o mesmo modelo tático várias vezes, está ensinando publicamente aos adversários a forma como joga. Como não tem alternativas tática, vai ficar naquele rame rame até cansar e a jardineira cair do galho.

PRIMEIROS SINTOMAS

.LEMA exposto pelo Fortaleza, através do seu presidente, era que iria partir para um técnico que viesse fazer do Tricolor um time intenso, aguerrido, atuando de forma vertical. Foi achá-lo no futebol argentino, menos pelo nome do Juan Pablo em si. Ou louvado em seu currículo, muito mais pelo estilo de de jogo como se joga lá. O argentino, então, caiu como uma luva.

 

A chegada de um novo técnico faz com que os jogadores se desdobrem em campo, pra mostrar serviço e ganhar como prenda a posição de titular. Nunca se viu o Wellington Paulista correr tanto em campo, a ponto de se esbaforir

 

.PRIMEIROS sintomas dessa mudanças foram notados na goleado sobre o Crato, muito mais um sparring do que um adversário para se temer. Qualquer um goleia o Crato pela ruindade da equipe. Ainda que seja assim, a goleada acendeu o ânimo da inflamada torcida tricolor.

O GRANDE TESTE

.NO jogo seguinte, aí sim, seria o grande teste para se saber se esta mudança fazia ou não sentido. Os 2x0 aplicados em cima do Ceará açularam o ego dos tricolores. Uma vitória, seja qual a situação, sobre o rival maior, será sempre motivo de sarro.

.O QUE já se conseguiu perceber no Fortaleza e sem necessidade de uma lupa? Que há uma novo formato tático, 4-1-4-1, mais disposição dos jogadores - o que já era esperado. Com a chegada de um novo técnico faz com que cada um deles se desdobre em campo, pra mostrar serviço e ganhar como prenda a posição de titular.

.QUEREM um exemplo? Nunca se viu o Wellington Paulista correr tanto em campo, a ponto de se esbaforir. Aliás, o lançamento que fez para o gol de David foi um primor. A chegada do veterano zagueiro Titi colocou em ordem a defesa do Fortaleza. Sintomas de novos ventos no Pici? O caminho é este. É só seguir por ele.

 

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