Logo O POVO+
As lições que o Clássico-Rei deixa para Ceará e Fortaleza
Foto de Alan Neto
clique para exibir bio do colunista

Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

As lições que o Clássico-Rei deixa para Ceará e Fortaleza

FORTALEZA,CE, BRASIL, 29.07.2021: Juan Pablo Vojvoda, técnico do Fortaleza no jogo pela copa do Brasil Fortaleza vs CRB. arena Castelão. (Fotos: Fabio Lima/O POVO) (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA FORTALEZA,CE, BRASIL, 29.07.2021: Juan Pablo Vojvoda, técnico do Fortaleza no jogo pela copa do Brasil Fortaleza vs CRB. arena Castelão. (Fotos: Fabio Lima/O POVO)

- ERRO maior do técnico argentino Vojvoda foi o de ter escalado goleiro Felipe Alves, no lugar do Boeck que vinha muito bem, se firmando na posição. A mudança não foi justa, além de infeliz. Boeck estava bem, não merecia sair. Felipe Alves, sem ritmo e reflexo, acabou colaborando em pelo menos dois gols do Ceará. Um deles, o de Rick, um tanto desmoralizante.

INTERROGAÇÃO

- 48 HORAS após após os 3 a 1 impostos pelo Ceará ao maior rival, até hoje Guto Ferreira não explicou por qual razão escalou o time sem um centroavante de oficio e lateral de origem, optando por improvisar. Pelo sim, pelo não, acabou dando certo. Sobral tinha a missão de acompanhar as pegadas de Crispim. Guto redimiu-se quando fez entrar Cléber e, depois, escalou Rick no posto de Mendoza, figura totalmente nula.

FICÇÃO

- O QUE sobrou de soberba ao Fortaleza, faltou-lhe no quesito de preparo físico na derrota. Tinha tudo pra fazer dois ou três gols no primeiro tempo. Chutou todas por cima ou pra fora. As chuteiras dos atletas pareciam trocadas. Domínio fictício, até dá a impressão de que poderá vencer, mas a realidade da bola rolando é outra bem diferente.

VARINHA MÁGICA

- MEXIDAS na equipe, por vezes, são um desastre, botam tudo a perder. Em outras, se acerta em cheio. Varinha mágica da saída de Kelvyn, por exemplo, pra entrada de Cléber, que sempre foi centroavante, pra completar entrada do garoto Rick, no posto de Mendoza, zero à esquerda. Rick deu outra vida ao Ceará.

CALOR DO JOGO

- FICOU mais uma vez provado. Rick é pra entrar no decorrer no jogo, calor da partida. Seu gol, aliás, foi uma pintura, entortando com drible curto e seco a dupla Crispim e Benevenuto. Depois daí, escolheu o canto pra concluir às redes. Rick é a mais nova joia do Ceará.

DOSE CAVALAR

- EFEITOS da derrota (3 a 1) no Clássico-Rei vieram em dose, digamos assim, cavalar. Atentem. Fortaleza perdeu a invencibilidade de cinco vitórias seguidas; de não ter perdido para o Ceará este ano, por último, não ter experimentado uma derrota em 19 jogos no Castelão. Tudo isso ruiu por terra pois, em futebol, como na vida, nada é para sempre.

MEMÓRIA

- FALTOU ser dito. Se-lo-á agora. No Castelão, o Fortaleza não perdia desde de 23 março, logo, 4 meses, longos 129 dias. Uma boa trajetória, mas que um dia teria fim. Só não esperava fosse para o Ceará. Detalhe — o Tricolor do primeiro tempo, simplesmente sumiu no segundo tempo, com mexidas erradas e, lógico, subida de produção do Ceará. Simples assim.

SACUDINDO A POEIRA

- GALALAU Cléber, após dois meses, voltou a balançar as redes, de novo (e que coincidência!) em cima do Fortaleza. O último, se a memória não falhar, aconteceu na Copa do Brasil, junho.

FANTASMAS

- CLÁSSICO-Rei de domingo, pasmem, foi o de número 12 sem presença de público e o sexto só este ano. Não fica só aí. Falta mais um. Qual? Returno do Brasileirão, na maldita virada da montanha.

BOA FORNADA

- REPARARAM? Gols da virada do Ceará foram de atletas cearenses, prata da casa — Kelvyn e Rick — em bom estilo. Outro detalhe que poucos notaram. Gol de Cléber, de cabeça, quem estava a assediá-lo era o baixinho Wellington Paulista. Cléber é muito mais alto. Cabe pergunta ingênua. O que fazia ali, feito zagueiro, o WP9, que nada tinha a ver zanzando na zaga, feito barata tonta. Cléber cabeceou livre sem assédio da parte dele. Pudera.

CONSOLAÇÃO

- DOIS dias antes do clássico, o presidente Robinson de Castro chamou o lateral Buiú à sua sala, fito renovar contrato. Acordo rápido. Mais 30 meses de contrato, 2 anos e meio. Ganhou bonificação especial, com aumento salarial de 40%. Saltou para R$ 25 mil, merecidamente. Dinheiro que jamais viu na sua vida.

TURMA DA CASA

- PRESTÍGIO da categoria de bases, neste momento em que o mercado do futebol brasileiro está asfixiante, quase todas as posições preenchidas. Ceará relacionou seis jovens atletas (dois entraram de saída), enquanto Fortaleza, apenas um, que pouco apareceu. Quem, ao menos, lembra dele?

 

Foto do Alan Neto

Não para... Não para... Não para de ler. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?