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Virada da montanha do Brasileirão é chance de recomeços para Ceará e Fortaleza
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Virada da montanha do Brasileirão é chance de recomeços para Ceará e Fortaleza

Enquanto Tiago Nunes tem de acertar rota do Alvinegro, Juan Pablo Vojvoda precisa realinhar trajetória do Tricolor neste segundo turno, cuja primeira rodada começa no fim de semana
Tipo Opinião
Tiago Nunes, novo treinador do Ceará, ainda não venceu em duas partidas (Foto: LUCAS UEBEL/GRÊMIO/DIVULGAÇÃO)
Foto: LUCAS UEBEL/GRÊMIO/DIVULGAÇÃO Tiago Nunes, novo treinador do Ceará, ainda não venceu em duas partidas

- CHEGADA de novo técnico ao Ceará, bem entendido, pois na profissão sua estrada é mais ou menos longa, renovam-se as esperanças dos alvinegros de que reencontre o caminho perdido na era Guto Ferreira, de mais atraso do que progresso. Pior foi a teimosia de permanecerem com ele, enquanto a equipe despencava ladeira abaixo.

- EXPERIÊNCIA no ramo Tiago Nunes tem para repor o Alvinegro nos trilhos. Pelo menos assim se pensa, a se levar em conta de que pior do que estava não deve ficar. Em futebol, é sempre bom estar lembrando, as aparências muitas vezes enganam, aliás, como tantas vezes aconteceram com mudanças de comando técnico.

ESTAÇÃO ZERO

- TODO recomeço é como voltar à estação zero, reiniciar uma nova caminhada, recheada de surpresas positivas ou negativas. No caso do Alvinegro, espera sua torcida, ansiosamente, que seja positiva. Mas quem, a rigor, pode garantir isso? Ninguém. Apenas um tempo que está vindo por aí. É a chamada aposta no escuro.

- NINGUÉM melhor do que Tiago Nunes para saber disso. Teve a seu favor, um hiato de dez dias de preparação do Ceará ao seu feitio. Pode ser pouco tempo, mas não é, especialmente se, de saída, adotou dois expedientes, cuja meta principal é a de adaptação aos seus métodos.

O FARDO

- FAZ parte da cartilha de um recomeço, novas caras, vida nova, bordões tão usados no futebol. Ele, Tiago, também está calejado de saber. Não é a primeira vez, muito menos será a última, de que o peso da responsabilidade de reerguer uma equipe, moralmente em baixa, torna-se um fardo sem tamanho. Já deve saber a qualidade do elenco que tem em mãos. Injetar nele seus métodos e filosofia, tocar o barco, eis a questão.

- NÃO é tarefa fácil a remontagem de um time de futebol, especialmente com um Brasileirão em andamento e um turno pela frente para fazer do Ceará bem melhor do que no anterior, em que optava por jogar para não perder. Vencer ficava em terceiro plano. Empatar sempre foi a meta principal. Nunes quer inverter a ordem das coisas, colocando a vitória no pódio das preferências. Sonho ou ilusão?

- ELENCO acolheu a boa nova da melhor forma possível. Até parecia estar esperando por esta mudança, embora convém nunca se fiar no que se passa na cabeça de um atleta. Eles estão, todos ali, cumprindo a missão de jogar futebol. As diretrizes não são deles, sim, de quem os comanda.

CHOQUE DE VALORES

- REPOUSA, especialmente, neste ponto a responsabilidade de Tiago Nunes. Missão prioritária é fazer do Ceará uma equipe ofensiva, foi este o único pedido que recebeu. Atuar como o Athletico-PR fazia nos seus tempos. De cara enfrentou um choque de valores técnicos, mas nem tanto assim que o deixasse surpreso.

- INJETAR em cada jogador dose de motivação, fazendo-o despertar para uma nova realidade, também não é difícil para um técnico que lida tão bem com as palavras e mais ainda com seus conceitos. Fator tempo será um dos pontos fundamentais.

HECATOMBE?

- PRIMEIRO teste desta nova mudança está próximo, contra o Grêmio, em Porto Alegre. Tal mudança virá de forma lenta e gradual, até que os ensinamentos do novo técnico sejam absorvidos. Pode levar algum tempo, mas que tais mudanças virão, nem tenham dúvidas. Espera-se, claro, para melhor. Se for pra pior, respeitem os efeitos da hecatombe.

AGULHA NO PALHEIRO

- CEARÁ reforça-se com mais uma camisa fisgada da Caldense, interior de Minas. Chama-se Gabriel Santos, artilheiro do time. As experiências feitas até agora, com Cléber e Jael, redundaram em fiasco. No futebol brasileiro de hoje, pequenas exceções à parte, encontrar um goleador, mil vezes mais fácil achar uma agulha no palheiro...

RECORDISTA

- TINGA, lateral do Fortaleza, acaba de completar 200 jogos vestindo a camisa tricolor. Sempre foi aquele mesmo jogador, sem mudar seu estilo. Nem bom, nem ruim, mas existem às pencas por aí piores.

MUDANÇAS

- FERROVIÁRIO, que vem mal das pernas na Série C, resolveu finalmente dar uma mexida, trocando de técnico. Pode não resolver, se seu elenco é limitado. Uma coisa é certa. Todos na Barra sentirão falta das preleções antológicas do Diá.

Foto do Alan Neto

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