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Fumaças & fogos nesta reta final do Campeonato Brasileiro
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Fumaças & fogos nesta reta final do Campeonato Brasileiro

BRASILEIRÃO chega a sua reta final, apenas quatro jogos pela frente, tanto para Fortaleza, quanto para o Ceará. Dos dois rivais, Tricolor brilhou mais e até surpreendeu, a partir do Vojvoda, que deu outra cara ao time, ao implantar o estilo argentino. Acabou acertando na mosca. Nem sempre acontece, mas ele emplacou, os jogadores assimilaram e o time deu uma guinada.

TANTO é verdade que durante toda a campanha, até desaguar nesta reta final, o Fortaleza sempre zanzou entre os primeiros colocados. Terá sido apenas a mudança de técnico que o fez transformar da água para o vinho? No futebol, já escrevi aqui um milhão de vezes, fica (quase) impossível se explicar certas coisas. A do Tricolor está neste rol.

ABRE-TE, SÉSAMO!

FATO de apenas mudar o estilo de a equipe atuar, priorizando mais atacar do que se precaver, terá sido este mesmo o "abre-te, Sésamo" dessa transformação? Um dos fatores pode até ser. Instile-se aí outros ingredientes, que seria cansativo enumerá-los.

PELO sim, pelo não, atirou no que viu, acertou no que não viu, deu-se a mudança. Pelo andar da carruagem da Série A, dificilmente o Fortaleza deixará de estar na Libertadores.

FATIANDO competições em fases, a Conmebol acaba por contentar a quase todos, contanto ninguém saia descontente. Muito parecido com uma outra entidade, bem ali, que vocês tanto conhecem. Não deixa de ser uma forma de agradar aos clubes, contando seja reservado um naco para a maioria deles.

O JEITINHO DO FUTEBOL

NO FUTEBOL, como na política, inventa-se sempre um jeitinho para que ninguém saia descontente. Pode até parecer estranho, mas é verdade, acaba por funcionar. Isso sem esquecer que, nas chamadas fases de grupo, ainda tem a Sul-Americana, que é, mal comparando, uma Segunda Divisão. Ano passado o Ceará dela participou, embora não brilhasse, acabou saindo com bons dólares para seus cofres. Sim, porque, para quem não sabia, a premiação de Libertadores, Pré e Sul-Americana é paga em dólares.

DOSE REPETIDA

PERGUNTA que cabe fazer. Mudou o Ceará com a chegada de Tiago Nunes para comandá-lo? Menos ruim do que na época do Guto Ferreira, percebe-se que sim. Pelo menos o time voltou a vencer. Em casa, bem entendido, porque fora, a maldição de empatar ou perder continua. O Alvinegro continua jogando o trivial, que, se não decepciona, também não empolga.

SÃO (quase) semelhantes os estilos do que saiu para o que entrou. Com a diferença de que se Tiago Nunes não prima pela ousadia, pelo menos deu um arrumada na casa, especialmente meia-cancha e linha de frente. Alvinegro, que se enroscava no rol dos que estavam ameaçados a cair, deu uma alavancada com as três vitórias seguidas, ganhou novo fôlego, vai em busca da Sul-Americana, repetindo a dose do ano passado.

PODERÁ ter uma recaída, nos 12 pontos que terá a disputar? Espera-se que não, por conta dos que foram acumulados, que lhe injetaram nova motivação. Pode não ser ainda o time dos sonhos da sua torcida, ao menos saiu daquele marasmo anterior. Não deixe de ser um progresso, mesmo que de leve. Menos mal.

RISCO N'ÁGUA

OFICIALMENTE o Fortaleza veio a público para anunciar a primeira chapa para concorrer as eleições tricolores, quando dezembro chegar. Marcelo Paz repete a dose na presidência, ladeado por dois vices, Geraldo Luciano e Alex Santiago.

MAS não foi este mesmo Marcelo Paz que proclamou aos quatro ventos que não seria mais candidato? Ele mesmo. E por qual razão mudou de ideia? Sabe-se lá. Nunca confie em palavra de dirigente de clube. Melhor fingir que não ouviu, pra melhor passar.

SOPA NO MEL

DECISÃO de retroagir não invalida a boa gestão que Marcelo faz à frente do Fortaleza. Nada tem a reclamar sua torcida. Foi ele o autor da ousadia de trazer Rogério Ceni para ser treinador do Tricolor. O que ninguém acreditava aconteceu.

PARA Ceni, então, caiu do céu. Motivo? Ao deixar o futebol, tinha planos para ser treinador. Quando o Fortaleza abriu-lhe as portas, caiu a sopa no mel. Para ele seria um aprendizado, quem tinha planos para o futuro, quer dizer, treinar outras grandes equipes do futebol brasileiro.

ONDE está Ceni hoje? De volta ao São Paulo, do qual foi cria, após passar pelo Cruzeiro meteoricamente, posteriormente treinar o Flamengo, com passagem apenas frugal. No São Paulo repete-se a volta do filho pródigo, agora em nova função. Foi na gestão de Marcelo Paz que Ceni aprendeu o caminho de como se transformar em treinador de futebol.

 

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