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E a bola não rolou para Ceará e Fortaleza
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

E a bola não rolou para Ceará e Fortaleza

NOS outros estádios houve enxurrada de jogos, até com título da Libertadores para o Palmeiras
A festa verde (Foto: JUAN MABROMATA)
Foto: JUAN MABROMATA A festa verde

NADA mais sem graça quando a bola não rola num domingo, além de frugal, como tantos domingos por aí afora, sem futebol, especialmente para os clubes cearenses. Forçados pela tabela do Brasileirão, tanto Fortaleza, quanto Ceará folgaram neste final de semana. Já estava previsto? Sim, desde que a tabela da competição foi apresentada. Logo, ninguém foi pego de surpresa.

NOS outros estádios houve enxurrada de jogos, incluso aí uma decisão emocionante entre Palmeiras e Flamengo, em campo neutro, o Centenário do Uruguai com tantas histórias pra contar. Os dois brasileiros decidiram a Libertadores com vitória palmeirense, num jogo parelho.

NESTE quesito a Commebol foi sábia. Se a decisão seria entre dois clubes brasileiros, que fosse levada para um estádio fora do Brasil, daí a escolha do Centenário, como poderia ser um outro qualquer. Ainda assim os torcedores dos dois rivais não deixaram de comparecer. Como não havia favorito a decisão cresceu muito mais de emoção. O Palmeiras ficou com a taça, assim como poderia dar Flamengo, tão iguais a dupla chegou à grande final.

COMO toda decisão que se preza, sem favoritismo deste ou daquele, venceria quem aproveitasse as melhores chances e fosse, principalmente, bafejado pela sorte. O Palmeiras tirou vantagem da pixotada de um meio-campista do Flamengo, aproveitando o espaço livre pra marcar o gol que decretou o título. Num jogo decisivo, e sem favorito, leva vantagem quem sabe tirar proveito de uma falha, num momento de hesitação. Foi fatal. Mas tanto podia ser para um lado, como para o outro. O Palmeiras foi o beneficiado.

PASSAPORTES

MAS o que é que a Libertadores tem a ver como o nosso Brasileirão? Só tudo. Os clubes que chegarem entre os oito primeiros terão passaportes carimbados para a Libertadores, um atrativo a mais para um Brasileirão que, de uns tempos pra cá, começou a perder o fôlego e consequentemente a graça.

ISSO também está previsto em competição longa e de pontos corridos. Os que disparam, feito o Atlético-MG, que abriu grande vantagem sobre os demais, está garantido, mesmo sem tantos privilégios. Os que decidiram sábado a Libertadores, tanto Flamengo, quanto Palmeiras também carimbaram seus passaportes porque vêm logo atrás do clube mineiro. Disputar uma Libertadores tem lá suas benesses.

NO rol dos que brigam por uma vaga, por enquanto, conta e risco da boa campanha que realiza, o Fortaleza está entre eles. Desde que volte a ganhar, pois este caminho o Tricolor andou perdendo, socado nas brenhas de uma irregularidade que não devia estar nos planos tricolores.

TREMOR DE TERRA

QUEM pode explicar esta queda livre tricolor, assim tão de repente? Nem tanto que possa causar maior tremor de terra no Pici. Porém, não deixa de ser um aviso nada alvissareiro, nesta reta final do torneio. O Tricolor ainda tem pela frente nove pontos para disputar, que tanto podem representar uma reabilitação da equipe, quanto sua ruína. De perder, por exemplo, seu naco entre os que estarão na Libertadores. Espera-se (e torço) pra que não aconteça.

NO ENCALÇO

ENQUANTO o Fortaleza teve uma turbulência em seu voo, o Ceará teve uma boa subida, a ponto de ficar distante, apenas três pontos do rival maior. O mesmo número de jogos e de pontuação, até o final do Brasileirão, está valendo para a dupla.

DIFERENÇA reside em que o Ceará - na luta pela Libertadores também - pegará adversários mais fortes, primeiro dos quais, o Flamengo, amanhã à noite e em pleno Maracanã. Mengão vem ferido em seus brios pela perda do titulo da Libertadores. Não será tarefa nada fácil para o Ceará enfrentar um adversário nessa condição, principalmente em seu terreiro. Alvinegro vem em ascensão, após Tiago Nunes dar uma arrumada na casa, mesmo sem mudar seu estilo de atuar. Nada como uma boa injeção psicológica pra mexer com os brios dos comandados. Pior do que antes de Tiago chegar, o Ceará não ficou. Pelo contrário.

 

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