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Os caminhos cruzados de Ceará e Arthur Cabral, que está rumo à Itália
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

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Os caminhos cruzados de Ceará e Arthur Cabral, que está rumo à Itália

Volta e meia entra em cena o caso do atacante Arthur. Como o futebol é uma fábrica permanente de disse-que-disse, nunca se sabe ao certo qual a versão verdadeira dos fatos
Atacante Arthur Cabral com a bola em jogo do Basel (Foto: FC Basel 1893 / Luca Cavegn)
Foto: FC Basel 1893 / Luca Cavegn Atacante Arthur Cabral com a bola em jogo do Basel

VOLTA e meia entra em cena o caso do atacante Arthur, cujo destino nem o Ceará sabe que rumo dar, a não ser que ele continua sendo cobiçado por alguns clubes europeus, foco maior para a Itália.

COMO o futebol é uma fábrica permanente de disse-que-disse, nunca se sabe ao certo qual a versão verdadeira dos fatos. No ramo faz tanto tempo, ainda não me acostumei com tais expedientes. Raramente se arranca de alguém uma versão, ao menos, parecida com a verdade. Até parece que no futebol a palavra transparência é terminantemente proibida de ser pronunciada, quanto mais posta em prática.

BECO SEM SAÍDA

AS versões se cruzam, cada qual vista por ângulos difusos, como se a intenção fosse a de confundir a cabeça dos personagens. Quando a verdade finalmente fluir, já terão esgotados todos os limites da paciência. É desta maneira que a bola dos bastidores do futebol rola e de todas as formas. Impressão dada é que há um tratado para fazer da cabeça dos que estão envolvidos um beco sem saída.

CUSTA tanto assim ser transparente, real, verdadeiro, palavras que parecem ser, terminantemente, proibidas neste mundo tão contraditório, quão turbulento, do futebol? Perde-se, também, na voragem do tempo, o que se convenciona chamar "palavra empenhada" como se, nos dias atuais, ela valesse menos do que um inútil risco n'água.

QUAL O RUMO?

CASO, agora, mais uma vez veio à tona, sobre o destino do atacante Arthur virou uma espécie de palavras cruzadas. Só uma coisa é certa. Qual? Para o Ceará não voltará mais. Nem o jogador tem interesse, pelo estágio que sua carreira alcançou, muito menos ao clube, que enxerga nele, isto sim, uma ótima chance de engordar ainda mais seus cofres.

VERSÕES sobre o rumo que as coisas tomarão são as mais diversas, quão confusas. Arthur saiu das bases alvinegras, atuou algumas vezes na equipe principal, balançou as redes em muitas ocasiões, de repente, vendido a um clube da Suíça, sem tanto relevo assim no mapa do futebol internacional. Por acaso alguém lembra, ao menos, o clube pra onde ele foi?

NÃO é o caso, nem o foco da questão. Arthur virou centro das atenções pelo interesse surgido de alguns clubes europeus. Lá, como aqui, a carência de bons artilheiros também é visível, exceção, claro, aos grandes nomes, casos à parte. Arthur, de repente, virou centro das atenções, pelo menos por essas bandas.

ALARIDO feito em torno do assunto triplicou esta visão. Ótimo pro jogador, que se valoriza, melhor para o Ceará detentor do seu passe, mesmo que fatiado entre empresários — sempre eles — esfregando as mãos à espera de um desfecho positivo. O que tocar ao Alvinegro será lucro garantido.

PRATO FEITO

COMO Arthur emergiu das bases, ganhou notoriedade (que palavra!), já há uma tendência de que os clubes da terra voltem suas atenções para os valores locais. Bazófia. Esta cantilena não é de agora e o progresso é quase nenhum. Até chegam a prometer, mas não cumprem porque há uma série de empecilhos a começar por quem comanda a equipe.

BASTA perguntar a algum técnico da terra se ele nutre interesse em olhar para os valores em formação? Agora mesmo o Fortaleza rebocou do futebol argentino, não por coincidência conterrâneo do seu técnico, o atacante Romero na tentativa de resolver o problema de goleador, que a equipe não tem. Pagou grana relativamente alta, mas não se voltou para quem está por lá catando uma chance. O prato feito, continua a predominar, por ser mais palatável e menos trabalhoso. Simples assim.

BALAS DE FESTIM

OUTRA vez entra em cena o suposto caso de manipulação de resultados pelo Estadual. Os noticiários estão enfestados, como se fosse alguma novidade na pauta do futebol. As versões cruzam os noticiários, quais balas de festim, mesmo que em forma de especulação, ou seja, consta que não se confirma, nem se desmente, dizem, mas não provam, quem quiser que vá atrás se as versões procedem ou não.

JOGAM lenha na fogueira, saem de perto, naquela do se colar, colou. A rigor, nunca cola, por falta de provas palpáveis e concretas, mas o mal está feito. Até cabe perguntinha absolutamente inútil — a quem interessa mesmo levantar este tipo de suspeita? Se o alvo for o torcedor, ele está se lixando.

ALVO preferido é a turma do baixo clero, onde as coisas escusas também acontecem. Alguns suspeitos até tiveram nomes citados, personagens que volta e meia estão no foco da questão. O andar de cima, onde habitam Fortaleza e Ceará, fica totalmente isento.

ALHEIOS ao que se passa, estão mais preocupados em organizarem suas casas para o que virá pela frente, especialmente os itens mais importantes. Estadual, de tão desidratado para alvinegros e tricolores, fica lá no fim da fila das opções. Há coisas mais sérias pra se importarem.

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