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Ceará e Fortaleza de olho em jogos decisivos da Sul-Americana e Libertadores
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Ceará e Fortaleza de olho em jogos decisivos da Sul-Americana e Libertadores

Teremos hoje e amanhã Libertadores e Sul-Americana, que chegaram em boa hora para nossos dois principais clubes. Principalmente por não ficarem restritos a uma competição longa e enfadonha, qual o Brasileirão
Taças da Copa Libertadores e Copa Sul-Americana na sede da Conmebol (Foto: Divulgação/Conmebol)
Foto: Divulgação/Conmebol Taças da Copa Libertadores e Copa Sul-Americana na sede da Conmebol

TEMPORARIAMENTE, sai de cena o Brasileirão para dar lugar à Sul-Americana, hoje, e amanhã à Libertadores. Das duas competições, a Libertadores está em primeiro plano, enquanto a Sul-Americana no andar inferior, mas, a rigor, as duas têm lá suas importâncias.

HÁ uma razão muito mais forte. Qual, então? A Conmebol, encarregada de gerir os dois torneios, estabeleceu que as cotas são pagas em dólar, aumentando, como não poderia deixar de ser, o apetite dos clubes que nelas estão.

FUTEBOL cearense foi aquinhoado com duas vagas. Fortaleza no andar de cima, caso Libertadores, disputada por equipes mais fortes, enquanto o Ceará teve mesmo que se contentar com a Sul-Americana, no andar inferior.

MIL vezes seria ficar de fora, mas para quem, se tricolores e alvinegros são, de há muito, nossas duas maiores forças? Nem se sabe quem é a terceira, já que o Ferroviário teve que se contentar em despencar para uma divisão inferior. Ferrão sobrevive hoje graças alguns abnegados, razão pela qual seu nível técnico baixou.

DE VOLTA À REALIDADE

DE retorno ao chão da realidade. Teremos hoje e amanhã Libertadores e Sul-Americana, que chegaram em boa hora para nossos dois principais clubes. Principalmente por não ficarem restritos a uma competição longa e enfadonha, qual o Brasileirão, com turno e returno pela via dos pontos corridos.

CHEGA a um ponto tal que, no segundo turno, bate um enfado quando se vê que os favoritos de sempre estão nas cabeceiras e os nossos dois clubes se debatendo em busca de um lugar ao sol para a próxima temporada. A preço de hoje, Ceará está um pouco melhor, separado por dois minguados pontos pra não descer à zona de rebaixamento.

FORTALEZA faz papelão, segurando uma lanterna, tão apegada a ela, não há força no mundo que o faça largar mão dela. E ninguém dá um pio. Nem diretoria, de braços cruzados, a ponto de manter o Vojvoda, o argentino perdedor, no comando técnico.

FOSSE outro qualquer que não Vojvoda, já teria pegado a reta. Mas quem tem a sublime coragem de mandá-lo de volta à sua terra? Todos parecem reféns dele, encantados pelo seu sotaque castelhano...

TORCIDA tricolor, tão ardente, prefere não rufar seus tambores de guerra, amordaçada não se sabe bem por qual motivo. E a equipe lá, impávida, numa lanterna indesejável. Há quantas rodadas? Perdi as contas. Quantas vezes saiu da zona de rebaixamento,? Quem souber, por favor saia em meu socorro.

QUEM DISSE, NÃO MENTE...

PARA escapar do rebaixamento, o Fortaleza precisa vencer a metade (12) dos jogos que restam do Brasileirão. Somaria, então, 46 pontos, um a mais do necessário...

EM catorze rodadas do Brasileirão, apenas em uma delas, a primeira rodada, o Tricolor não figurou na zona de rebaixamento. Nas outras treze — pasmem — segurou a lanterna...

ENQUANTO isso, o Ceará, no Brasileirão, nunca figurou sequer no G-4. E na zona de rebaixamento, na sétima rodada, penúltima colocação...

MESMO sem jogar há duas semanas, Mendonza, é o vice-artilheiro, não mais sozinho. Tem sete gols junto com German Cano, Rony e Pedro Raul, embora o artilheiro isolado seja Calleri...

ARBITRAGEM cearense, como sempre, totalmente esquecida mais uma vez, tanto na Série A quanto na B, embora o carioca Marcelo de Lima Henrique, aqui radicado, seja um dos queridinhos da Comissão de Arbitragem. Se é, passa distante o seu prestigio...

SE mal pergunto — em que deu a vistoria da Comissão da Conmebol no gramado do Castelão, o pior do Brasil? Nada vezes nada, é nada mesmo...

PASMEM. Onze técnicos perderam o emprego em apenas catorze rodadas, média de quase um por rodada. Este número tende a piorar...

INCRÍVEL, mas vero. O Ceará é pior o mandante, com apenas quatro pontos ganhos. Em compensação, é o segundo melhor visitante, atrás apenas do Palmeiras. Se é assim, preferível só jogar fora do Castelão...

ESSA também é de pasmar. No Castelão, isto é, dentro de casa, os dois rivais disputaram catorze jogos e só venceram um. Que horror! Somam míseros onze pontos...

QUE tal outra curiosidade? Fortaleza e Ceará se bicam em dois quesitos — Fortaleza quem mais perdeu, oito jogos. E o Ceará o que mais empatou, também oito jogos. Nem o argentino deu jeito no Pici e o Marquinhos Santos (o garoto assoviador) fez o Ceará sair do lugar...

 

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