Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
- Qual a surpresa do Ceará ter ido esbarrar na zona de rebaixamento? Absolutamente nenhuma. Os números já indicavam. Time que não vence, seguidamente, dez jogos, fatalmente chegaria à posição que chegou. Se os números não enganam, quanto mais o futebol praticado dentro de campo, estribado numa campanha bisonha de mais erros do que de acertos. Estes, aliás, quase nenhuns.
- Muito menos a troca de técnico, feito a toque de caixa, conseguiu provocar uma reação do Ceará. Nem podia. Adílson Batista desembarcou três dias antes da estreia, às tontas e às cegas, sem conhecer nada, nem ninguém. Apelou para o tato, pela experiência, se bem que desativado faz um tempão, e pelas informações, nem sempre transparentes ou verdadeiras. Entrou numa tremenda fogueira e já começou a ser chamuscado.
- Erro remonta da época de Enderson Moreira que demorou a ser demitido apesar de o time, sob seu comando, passar oito jogos sem vencer. Porque a diretoria alvinegra demora tanto a agir quando vê que as coisas em campo começam a desandar? Esperar sempre pelo próximo jogo para ver se o time se reabilita? Este foi um dos erros fatais. Ou o mais fatal de todos.
- Pior veio na hora de mudar, quando conseguiu o feito de redescobrir que Adílson Batista estava livre no mercado, embora não atentasse para o detalhe de que há um ano não dirigia nenhum clube, estribado em várias campanhas nas quais a maioria foi esbarrar na zona de rebaixamento. Tem alguém dentro da diretoria do Ceará querendo puxar o tapete do presidente Robinson.
- Derrota para o Grêmio já era crônica anunciada, assim como a vitória, no Castelão, do Fortaleza sobre a fraca Chapecoense, não por acaso, segurando a lanterna do Brasileirão. Não seria aqui que iria se reabilitar e muito menos o Ceará, contra o poderoso Grêmio, lá nos confins da serra gaúcha. Aqui, mesmo sem jogar esses balaios, o Fortaleza venceu a Chape (2 a 0), time aos pandarecos. No Centenário, o Grêmio venceu, 2 a 1, mesmo não jogando bem. O Ceará foi pior.
- Castelão, o Fortaleza estava na obrigação de vencer a Chape e cumpriu seu papel. Ceni ainda não reencontrou o ponto do doce após sua volta. Há claros visíveis na equipe, especialmente na meia-cancha, nada criativa, a ponto de Felipe, bom valor, ser vítima das vaias da torcida por excesso de passes errados.
- Contra o Grêmio, o técnico Adílson Batista conseguiu o que nem mesmo seu antecessor ousaria fazer. Resolveu reinventar Pedro Ken na meia-cancha, deixando Ricardinho no banco. Se com este o Ceará era letárgico, imaginem com o Ken fora de forma e de ritmo. Tipo do jogador que nem sequer a torcida sabia que ainda estava no Ceará. Deu na melada que deu. A emenda saiu pior que o soneto.
- Se ficasse aí até se perdoaria, quando ele se redimiu ao fazer entrar Ricardinho no segundo tempo. Ele fez dois lançamentos e perdeu a grande chance de empatar o jogo. Mas eis que Adílson botou em campo o Auremir. Mil entre mil torcedores tinham certeza de que ele já havia deixado o Ceará. Ou nem passado por lá. Que nada! Lá estava no Auremir, lépido, fagueiro e totalmente às tontas sem saber o que fazer. A partir daí desmoronou tudo.
- Chegada à zona de rebaixamento foi o alerta que já piscava faz tempo, ajudada não só pela derrota para o Grêmio, quanto pela vitória do CSA diante do Internacional. A posição que antes era do clube alagoano ele "gentilmente" cedeu ao Alvinegro. Dez dias antes já vencera este mesmo Ceará prenúncio de que estava em ascensão.
- Pra completar a obra, pois desgraça pouca é bobagem, a torcida do Ceará, com a vitória do Fortaleza sobre a Chape, viu o maior rival tomar distância de cinco pontos na tabela do Brasileirão. Isso para o torcedor é imperdoável. Com rivalidade não se brinca. Reza a lenda. É até fácil chegar à zona de reixamento. Muito mais difícil é dela sair. Que o diga o poderoso Cruzeiro, incrível que pareça, atrás do Ceará. Serve de consolo?
- Cada jogador tem sua mania. Wellington Paulista, artilheiro do Fortaleza, tem uma que ainda não tinha visto em nenhum outro. Antes de correr para a batida da penalidade fica a saracotear na frente do goleiro na intenção de confundi-lo. Só pode ter copiado aquele saracoteio todo de algum mestre-sala...
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