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Ceará se esforça para cair, mas Cruzeiro, com mais esforço, é salva-vidas de time ameaçado
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Ceará se esforça para cair, mas Cruzeiro, com mais esforço, é salva-vidas de time ameaçado

Tipo Opinião

- Sintam a que ponto chegou o todo poderoso Cruzeiro, honra e glória, do futebol mineiro. Não bastasse ser saco de pancadas de todos os adversários, transformou-se também no salva-vidas da maioria deles.

- Neste rol falta apenas o Ceará que teima em ser rebaixado, contudo, o Cruzeiro não deixa, como que anunciando a última vaga ser dele de lá ninguém vai tirá-lo.

- Pequeno resumo dos que foram salvos pela péssima campanha do clube mineiro, Fluminense e Botafogo, por conta do último resultado contra o Vasco, respiram aliviados podem ser considerados sãos e salvos sem qualquer possibilidade de que venham a cair mesmo perdendo as duas últimas.

- Crise aguda, a maior da história do Cruzeiro, passa inevitavelmente por desmandos administrativos, atingindo em cheio ao atraso no salários dos jogadores.

- Mexeu no bolso não pode haver castigo maior, especialmente em se tratando de um elenco caro e envelhecido pelo passar do tempo que é implacável.

- Nenhum treinador conseguiu se segurar a partir do Ceni que pulou fora do barco, antes de achar que, deixando o Fortaleza, alçaria o voo mais importante dua carreira, dirigir um clube de expressão. Este sonho foi adiado.

- Tiro pela culatra. Ao pressentir o que se passava dentro lá dentro, com direito a visível boicote do grupo que domina todo o elenco, viu a mancada que havia dado ao trocar o certo pelo duvidoso.

- Sua sorte foi o Fortaleza rebocá-lo de volta após o fiasco de Zé Ricardo que por pouco não enterra o Tricolor. Ceni chegou a tempo de reaver o caminho perdido.

- Sonho frustrado pelo voo que sonhou dar, porém, compensado com a chegada do Tricolor a Sul-Americana. No futebol, como na vida, não há males que não venham para o bem. Já dizia minha bisavó.

- Onde está o Tricolor hoje e onde se encontra o Cruzeiro? Rápida olhada na tabela do Brasileirão a resposta estará dada.

Chamariz de público

- Não chegado a promoções de baixar ingressos, diretoria do Ceará vergou-se as evidências, tabelando em ínfimos R$ 10, cujo objetivo é o de ver o Castelão cheio no jogo contra o Corinthians hoje a noite. Verá, sim.

- Alvinegro precisa do apoio da sua torcida, mais ainda da vitória sobre o clube paulista, aliás, vem as quedas no Brasileirão. Ceará precisa muito mais, isto sim, de jogar bola, mostrar serviço, do que qualquer outra coisa.

- Apela-se pra tudo nesta hora em que o Ceará se vê em apertos na busca de uma reabilitação. Os erros são de origens, a partir de montagem do elenco, contratação de reforços, escolha de técnico e mil coisas mais.

- Alvinegro não chegou a zona de rebaixamento levante as mãos para os céus e aqui na terra ao Cruzeiro que, com sucessivas derrotas, não o permite ocupar a última vaga.

- Público garantido, Castelão cheio,o que mais interessa a torcida é uma vitória pra retirá-lo do sufoco. Seja como for o Corinthians é um adversário que merece ser respeitado e levado a sério.

- Ao técnico Argel Fucks a missão de dar ao time um novo padrão de jogo, mesmo carecendo de peças fundamentais e da boa vontade de alguns jogadores. Adilson Batista, o último técnico a passar por lá, deixou a casa alvinegra tão em desordem e aos pandarecos que, pra remontá-la só muita paciência. Cadê tempo?

- Entregaram ao Fucks um abacaxi tamanho gigante. Ele que trate de descascá-lo. Uma missão não mais ingrata e sim ingratíssima.

Pudim de isopor

- Rodada aqui no Castelão, outro jogo no Maracanã, duas horas depois, o Fortaleza estará enfrentando o Fluminense, longe dos olhos dos seus torcedores.

- Tricolor se dá ao luxo de enfrentar o Flu, já dentro da Sul-Americana e léguas de distância do rebaixamento. Portanto, bem a vontade.

- Quanto ao Fluminense, aliviado pela ajuda do Cruzeiro já não tem o que temer. Jogo, enfim, pra cumprimento de tabela, tem o exato sabor de um pudim de isopor...

Boca de forno

- Ferroviário finalmente deu as caras. Anunciou um pacotão de (pasmem) 18 reforços. Todos eles, quase sem exceção, refugos do futebol paraibano, piauiense, maranhense. É com tais reforços que vai encarar a temporada de 2020. E ainda tem quem abra a boca para dizer que o Ferrão mudou. Pra pior, bem entendido...

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