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Imperdível: único termo para definir o confronto de logo mais entre Fortaleza e Independiente
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Imperdível: único termo para definir o confronto de logo mais entre Fortaleza e Independiente

.ESTA decisão de hoje à noite no Castelão é a mais esperada do ano. Especialmente, óbvio, pela torcida do Fortaleza. Daquele tipo de jogo que se pode rotular de imperdível. Por vários aspectos.

.PRINCIPAL deles. Pelo timbre internacional, posto que se trata do primeiro clube cearense a participar de jogo continental. Não há como perder, não tem como perder, ninguém vai querer perder.

.TRATA-SE de uma decisão parelha. Até certo ponto. Ou se esquecem que o Independiente ganhou o primeiro jogo em casa e, aqui, leva a vantagem do empate. Em se tratando de uma equipe com histórico de grandes decisões, não é uma simples vantagem. Ao Fortaleza caberá ir buscar apenas aquilo que lhe interessa. Ganhar por dois gols de diferença. Não será tão fácil assim. Mas também não impossível.

ESTRATÉGIAS

.O QUE pode ou o que irá acontecer, impossível se supor. Fazer suposições em futebol é risco, embora qualquer um pode e deve.

.ÓBVIO, por exemplo, que Ceni fará seu time jogar em busca do gol a partir do momento em que a bola começar a rolar. É um risco que correrá. Mas não há outra saída para quem está em desvantagem. Ou toma a iniciativa ou pode perder o bonde da história.

.UMA das estratégias que pode usar é escalar na linha de frente três velocistas, usando o mesmo figurino do primeiro jogo ao escalar o trio Romarinho, David, Osvaldo. Pegou o adversário no contrapé, pois aguardava um Fortaleza recheado de cautelas e medos. Se repetir o mesmo modelo poderá se dar bem.

MODELO DA INTENSIDADE

. E O Independiente, como virá? O modelo do futebol argentino sempre foi o da intensidade, da garra e determinação. Eles não sabem jogar de outra maneira. Não será aqui que o Independiente mudará seu estilo.

.POSSIBILIDADE de o Fortaleza se classificar, através de uma vitória com vantagem de dois gols, claro que existe, embora dependa de mil e um fatores. Cabe a Ceni saber dosar sua equipe pra evitar expô-la tanto, envolta pela ansiedade de vencer custe o que custar. Precisamente aí onde mora o perigo.

.DECISÃO dentro dessas características dá a partida uma conotação diferenciada. Daí estar envolta em tamanha expectativa. Futebol, enfim, é um interminável enxame de emoções. Um sem fim de imprevisibilidades, permeado de medos, receios, suspenses.

TUDO OU NADA

.RISCO de ser exatamente o oposto de tudo isso beira ao zero. Fato de o Independiente não atravessar boa fase no Campeonato Argentino pouco ou quase nada pesa na balança de hoje.

.QUANDO um jogo adota o enredo do tudo ou nada, a história muda de rumo. Vantagem do Tricolor atuar dentro do Castelão, onde sempre reinou, tem peso, mas não tanto quanto se imagina. Seu adversário não é um qualquer. O time argentino também sabe o que terá pela frente.

.ASSIM como na vida, uma decisão não repete o mesmo script da anterior. Haverá sempre algo mais que pode, ou não, fazer toda diferença.

.ENFIM, somadas essas características, ninguém vai querer perder a decisão de hoje à noite. Aquele tipo de jogo que deixará cravada uma marca indelével. A marca histórica do que antes, jamais, havia acontecido no futebol cearense.

REI DO EMPATE

.FATO curioso nesta campanha que o Ceará empreende na atual temporada.

.EMPATE (2 a 2) ontem diante do Botafogo-PB, pasmem, é o sétimo acumulado e o quinto seguido na Copa do Nordeste.

.CEARÁ continua procurando um rumo, não encontra. Continua atrás da identidade perdida, em vão.

.QUEM imaginou que mudança de treinador pudesse repor as coisas em seus devidos lugares, errou feio.

. CARECE de um artilheiro, tipo Lohan, este que deixou sua marca duas vezes nas redes alvinegras ontem sem tanta dificuldade. Pra completar, o veterano Prass tomando gol em todas as partidas. Paciência do torcedor extrapolou.

.TROVEJARAM vaias e o tradicional grito de guerra - "Queremos time, queremos treinador". Tendência é daí pra pior.

 

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