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E agora, como fica? Mundo da bola parou, Cearense parou, Nordestão parou, clubes pararam
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

E agora, como fica? Mundo da bola parou, Cearense parou, Nordestão parou, clubes pararam

Tipo Opinião

- O mundo da bola parou em definitivo. Embora haja exceções, como sempre. O que seria das regras sem as suas exceções? Não teriam graça.

- Com a ordem vinda da CBF de parar as competições por ela, patrocinadas os campeonatos estaduais resolveram seguir a cartilha.

- Aqui, até que a FCF tentou resistir, batendo na tecla de realizar seus jogos sem a presença de público, desde que conseguisse levar seu campeonato até o final desta fase. Enfim, faltam menos de duas rodadas que passariam rapidamente.

- Pelo menos esta era a intenção de Mauro Carmélio, desembocando no reinício das atividades. Foi em vão seu esforço e dos próprios clubes que apoiaram a ideia.

- Pressão, contudo, foi tão grande que ele teve de se quedar à realidade dos fatos. Foi (quase) que obrigado a parar o campeonato antes da rodada final, que reuniria o tradicional e histórico Ceará x Fortaleza. Não passou de ilusão.

Síndrome do medo

- Se todas as atividade esportivas estavam parando, porque as do Ceará seria exceção? Sem lógica e não havia o menor sentido.

- Síndrome do medo, provocado pelo vírus, está a provocar uma paralisação em o todo mundo, como se, de repente, ficasse petrificado. Nunca se viu nada igual.

- Futebol, parte que nos toca, tudo está proibido. Inclusive os treinamentos físicos entre os atletas. Há receio generalizado de que com o ajuntamento de atletas, possa um ser contaminado e passar para o resto. Uma simples tosse pode provocar um grande terremoto.

Gigantesco labirinto

- Pergunta que mais incomoda e inquieta a todos é não se ter prazo de quando tudo isso vai terminar. Preferível a cômoda resposta do "por tempo indeterminado". Dez, 15, 30, 40 dias? Ninguém se atreve a responder.

- Como se fora um gigantesco labirinto, procura-se uma saída ou saídas, sem qualquer perspectiva de encontrá-las. Há isso sim, espessa nuvem de interrogações e uma outra de dúvidas cruéis.

- Quem sabe? Quem orienta? O que é pra fazer e o que é proibido fazer? Todos os clubes do Brasil deram férias forçadas aos seus atletas, com recomendação expressa pra ninguém fazer atividade física, evitar locais públicos, especialmente onde há aglomeração. Ordem expressa é de ficar em casa em quarentena forçada.

- Cabe outra perguntinha ingênua. Quem garante que cumprirão? É impossível vigiar todos os atletas. Apelar pra consciência profissional deles, isso é muito relativo. Quem se arrisca meter a mão nesta cumbuca?

Pode ou não pode?

- Impossível também prever a ciranda de prejuízos que os clubes terão com suas atividades paradas, onde nem sequer treinar pode. Caso de se perguntar — então, cara pálida, o que é que pode e o que não pode?

- Passear na avenida com a família ou sem ela, pode? Fazer compras do mês, pode ou não pode? Ir à farmácia comprar remédio é proibido ou pode? Fazer cooper na Beira Mar pra fingir estar cuidando do preparo físico, pode ou não pode?

- Deveriam elaborar uma cartilha do que um atleta pode ou não fazer. Se a ordem expressa é a de fazer quarentena enquanto perdurar a crise.

- Requer dizer ou entender que todos terão de ficar presos entre quatro paredes, sob a vigilância da mulher e dos filhos?

- E quem mora só, como deve se ater, pois é proibido viajar pra seu lugar de origem. Ou não deve? Enfim, nem todos são casados e têm família aqui. Como devem se comportar os solitários e quem os vigiará?

Aviso

- Está criado o drama, sem perspectivas de uma solução a vista. Sem esquecer, hein! São, por enquanto, medidas preventivas. Outras virão, mais duras.

- Volto a repetir. Não será este vírus que acabará o mundo. Mas não deixa de ser um aviso de que o apocalipse está mais perto do que longe. Quem sobreviver, até lá, verá...

 

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