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Buscas por Sarto levam a página de Wagner no Google; Justiça diz que medida é ilegal
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política

Carlos Mazza política

Buscas por Sarto levam a página de Wagner no Google; Justiça diz que medida é ilegal

Juiz determinou multa de R$ 5 mil para cada dia que o redirecionamento estiver em prática
Consultas no Google com o nome do candidato do PDT terminam com uma publicidade paga de Capitão Wagner como primeiro resultado (Foto: Reprodução/Google)
Foto: Reprodução/Google Consultas no Google com o nome do candidato do PDT terminam com uma publicidade paga de Capitão Wagner como primeiro resultado

O juiz Ademar da Silva Lima, da 2ª Zona Eleitoral de Fortaleza, mandou que o Google e a campanha de Capitão Wagner (Pros) parem de direcionar buscas sobre o nome de José Sarto (PDT) na ferramenta de pesquisas para a página do candidato do Pros.

Até o início da tarde deste domingo, 11, buscas no Google com o nome do candidato do PDT terminam com uma publicidade paga de Capitão Wagner como primeiro resultado. O juiz determina ainda multa de R$ 5 mil para cada dia que o direcionamento permaneça em efeito.

“(A medida) apresenta-se irregular, eis que gera confusão no eleitor que faz a busca, produzindo distorções na informação que se pretende efetivamente obter, sendo conduta desleal, que fere um mínimo de moralidade que deve guiar toda a propaganda eleitoral”, diz o juiz.

Na decisão, o magistrado ainda pede uma cópia do contrato firmado entre o Google e a campanha do Pros. A análise do instrumento pode mostrar quais palavras-chaves foram adquiridas por Wagner na hora de impulsionar sua página pessoal no site de buscas.

Outro lado

Em nota, a campanha de Capitão Wagner nega qualquer tipo de “burla e/ou manipulação” do sistema de buscas do Google. A campanha também afirma primar “pela legalidade e pela lisura tanto assim que vem se pautando de forma limpa e propositiva”.

“(Nem) foi contratado o termo de busca com o nome de candidatos adversários”, diz. “O usa da ferramenta de busca do Google foi executado de acordo com a legislação eleitoral e com objetivo de melhor informar os eleitores, circunstância que o TSE recentemente até entendeu como legal”, continua.

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