O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Carlos Mazza
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Líder maior do PSD no Ceará, o ex-vice-governador e ex-deputado Domingos Filho comandou neste fim de semana nova rodada de eventos regionais do partido pelo Interior do Ceará. Na ocasião, Domingos reforçou interesse da sigla pela vaga de vice na chapa do bloco governista ao Governo do Ceará. Durante os eventos, diversos aliados do ex-deputado chegaram inclusive a subir o tom contra uma possível formação de chapa que não inclua o PSD na vice, afirmando que não aceitariam tal possibilidade.
"Trabalhamos fortemente nos últimos dois anos para que esta decisão seja aceita entre os partidos que compõem a base governista. O PSD reúne todos os requisitos, temos trabalho, credibilidade e articulação na classe política do País. O projeto está pronto, a todo vapor e o que nos favorece é a união na atuação única dentro de nossa legenda. A base está pronta aguardando a nossa sinalização, isto nos deixa muito confortável e eu sou muito grato pela confiança", disse Domingos Filho, ao lado da esposa, a prefeita de Tauá Patrícia Aguiar (PSD), e do filho, o deputado federal Domingos Neto (PSD).
A fala do líder do PSD ocorre no momento em que o PT vem dando sinais de que também tem interesse pela vaga de vice na chapa majoritária do bloco governista para a disputa deste ano. Em maio, o deputado federal José Guimarães (PT) chegou a afirmar que não existe "nada acordado" sobre a vaga e que petistas também buscariam o espaço. "Há pretensões legítimas de todos os partidos. Evidentemente, faremos o melhor para construir a vitória no Ceará", disse, em mensagem publicada nas redes sociais.
Na eleição de 2020, o PSD saiu das urnas como segunda principal força política do Ceará, aumentando o número de prefeitos da sigla de 21 para 28. Já os petistas elegeram, naquela ocasião, apenas 18 prefeitos. De lá para cá, no entanto, o PT tem articulado uma série de "migrações" para a sigla, incluindo pelo menos 14 prefeitos e três deputados estaduais - Augusta Brito (ex-PCdoB), Júlio César Filho (ex-Cidadania) e Nizo Costa (ex-PSB).
As migrações, articuladas pelo ex-governador Camilo Santana (PT) e pelo senador Cid Gomes (PDT), são vistas como parte de uma estratégia do partido para pleitear a vice na chapa do bloco da base aliada. A fala de Domingos, feita ao lado de dezenas de lideranças do Interior do Estado, deixa claro que o PSD tem outros planos.
Principal partido do bloco governista no Ceará, o PDT realizará na quarta-feira da semana que vem, 15 de junho, evento em Fortaleza para a apresentação de pré-candidatos do partido por estados do Nordeste. A informação foi confirmada pelo presidente do partido no Ceará, deputado André Figueiredo (PDT). Segundo o dirigente, serão reunidos todos os pré-candidatos da sigla para os cargos de senador e governador pela região.
O curioso é que o evento será sediado em Fortaleza, justamente onde o partido segue sem definição de posição para a disputa pelo Governo do Estado. Até agora, não se sabe se o partido já terá fechado um nome para o evento, ou se deverão ser apresentados todos os quatro pré-candidatos em análise pela sigla, que incluem a governadora Izolda Cela, o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, o deputado federal Mauro Filho e o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão.
A Câmara Municipal de Fortaleza vive hoje uma verdadeira "epidemia" de licenças entre vereadores da Capital. Só neste momento, onze vereadores estão em licença dos mandatos para os quais foram eleitos na eleição de 2020. O aumento do número de licenças é comum principalmente no período antes das eleições, quando os parlamentares abrem espaço para correligionários no parlamento ou se dedicam mais a funções partidárias.
Dois dos licenciados são os vereadores Elpídio Nogueira (PDT) e Raimundo Filho (PDT), que se afastaram do Legislativo ainda no início do mandato para assumirem pastas da gestão José Sarto (PDT). O número de licenças é maior sobretudo entre parlamentares da oposição, com diversos suplentes assumindo cadeiras na Câmara nos últimos dois anos.
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