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Lupi tenta "apagar incêndio" no PDT Ceará
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política

Carlos Mazza política

Lupi tenta "apagar incêndio" no PDT Ceará

Os encontros ocorrem em meio a um intenso "racha" interno da sigla no Estado, que se divide hoje entre um grupo que defende aliança com os futuros governos Elmano de Freitas (PT) e Lula (PT), e outro que deseja que a sigla parta para a oposição
Tipo Opinião
CARLOS LUPI, presidente nacional do PDT (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA CARLOS LUPI, presidente nacional do PDT

Opresidente nacional do PDT, Carlos Lupi, esteve no Ceará nesta quinta-feira, 10, para conversar com lideranças do partido no Estado. Os encontros ocorrem em meio a um intenso "racha" interno da sigla no Estado, que se divide hoje entre um grupo que defende aliança com os futuros governos Elmano de Freitas (PT) e Lula (PT), e outro que deseja que a sigla parta para a oposição.

O grupo que defende a aliança com os petistas é comandado hoje principalmente pelo senador Cid Gomes (PDT). Ao longo desta quarta-feira, 9, o pedetista já se reuniu com outros pedetistas que devem seguir a mesma linha, incluindo os vereadores Enfermeira Ana Paula (PDT) e Júlio Brizzi (PDT).

Também apoiam a tese de adesão outras figuras importantes do pedetismo local, como o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão (PDT), e boa parte da bancada estadual da sigla.

Oposição

O outro grupo, mais sob a influência de Ciro Gomes (PDT) e do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), ainda não fechou posição sobre a medida. Presidente do PDT do Ceará, o deputado André Figueiredo afirma que a legenda ainda deverá reunir o Diretório Estadual para fechar a posição, mas destaca que RC terá peso na escolha.

A Direção Nacional do PDT confirma a viagem de Lupi ao Ceará. O presidente do partido, no entanto, não divulgou agenda oficial para a agenda, que ocorre no momento em que pedetistas negociam possível participação do governo Lula.

Izolda e Lula

Uma das maiores especialistas em Educação Pública do Brasil, a presidente-executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz, defendeu de forma enfática uma possível indicação da governadora Izolda Cela (sem partido) como ministra da Educação do governo Lula (PT).

Em entrevista à CBN Brasil, a dirigente destacou que a governadora reúne, "como poucas pessoas no Brasil", uma série de "requisitos muito importantes para a gestão federal da Educação". Neste sentido, ela destaca a experiência de Izolda tanto em gestão municipal, como ex-secretária em Sobral, como estadual, como secretária de Estado e governadora.

"Ou seja, ela sabe muito bem como funciona a máquina, como lidar com o Legislativo, como transitar nos ambientes políticos. Isso é muito importante, a gente tem que lembrar que gestão educacional é um trabalho técnico-político, não adianta ser uma ótima formuladora se não souber nem apertar os botões da gestão nem fazer as articulações políticas", diz.

Debate

Priscila Cruz é co-fundadora do Todos pela Educação, uma organização não-governamental criada em 2006 para ampliar a participação da sociedade em debates sobre o acesso universal à educação básica de qualidade. Desde a vitória de Lula no 2º turno deste ano, a entidade tem sido apontada como influente na escolha do ministro da área.

"Ela (Izolda) é mulher, é do Nordeste, é uma pessoa absolutamente reconhecida na comunidade educacional como alguém que é capaz de colocar de pé, implementar, políticas que são baseadas em evidências. Acho que é isso que a gente precisa, a gente saiu de quatro anos de políticas absolutamente erráticas, com base muito forte em ideologia, achismo", diz Priscila.

"Acho que ela reúne uma série de bons atributos, eu fico pensando quem mais no Brasil tem essa reunião tão completa de características. Acho que a Izolda é uma das poucas. Então seria um nome muito bem recebido", continua.

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