A morte de Carlinhos Perdigão impacta entre aqueles que foram seus alunos e experimentaram os seus exemplos

Hoje fui surpreendido com a triste notícia da partida de meu professor de Língua Portuguesa 1, no curso de jornalista.

Carlinhos Perdigão era, além de professor, músico e amigo dos alunos.

Entrei no curso em 2012 e, naquela época a acessibilidade não era um assunto muito debatido como atualmente. Mas Perdigão, sempre à frente de seu tempo, mostrou-se logo preocupado como fazer para que eu pudesse acompanhar as aulas sem maiores dificuldades.

Nossa sala de aula ficava no primeiro andar. A escada de acesso era terrível, porque no finalzinho os degraus iam se juntando e ficava muito estreito.

Um dia, quando estava voltando para a sala de aula, quase sofri um acidente nessa escada. Na hora, senti uma mão me segurando. Naquele momento não sabia, mas aquela mão amiga era do Perdigão.

Depois do incidente, ele procurou a coordenação da faculdade e pediu que mudássemos de sala. Mas essa não foi a única vez que Carlinhos Perdigão me ajudou.

Sempre que possível, ele sentava ao meu lado para ler o que tinha escrito no quadro e também disponibilizava o material digitalizado para que eu pudesse lê-lo.

A Covid-19 leva mais uma pessoa boa deste mundo, que alegrou a vida de tantas e tantas pessoas.

Siga em paz, Perdigão, na certeza que seus ensinamentos estarão com todos que, como eu, tiveram a honra de chamá-lo de professor.