O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) criticou nesta terça-feira, 21, denúncia movida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept. Mesmo sem ter sido investigado ou indiciado, o jornalista americano foi denunciado nesta terça por associação criminosa na Operação Spoofing, que investiga invasões de celulares de autoridades.
"Sem pé nem cabeça esta denúncia contra o jornalista Glenn Greenwald. O jornalismo é tarefa essencial à democracia e às liberdades individuais e públicas. O que Glenn fez foi o mais genuíno jornalismo”, divulgou Ciro em sua página no Twitter.
“Abusa – e muito – o membro do MP que avança no constrangimento ilegal à liberdade de informação protegida pela Constituição Federal. Repudio com toda veemência esta atitude descabida! Só o bolsonarismo boçal explica a motivação deste cidadão", segue. “Que os tribunais façam cessar este abuso o quanto antes!”.
Interceptação de mensagens
A denúncia envolve o caso que ficou conhecido como "Vaza Jato". Desde o início de 2019, o The Intercept divulga conversas atribuídas ao então juiz titular da Lava Jato, Sergio Moro, e procuradores da força-tarefa da operação no MPF do Paraná.
Nos vazamentos, aparecem diversas condutas questionáveis de membros da Operação, inclusive com combinação de estratégias de acusação. Investigações da PF mostraram que os celulares de autoridades, incluindo Moro, foram hackeados. Um dos investigados, Walter Delgatti Neto, afirmou ter repassado o conteúdo das conversas para o jornalista.
Segundo a denúncia do MPF, Glenn "auxiliou, orientou e incentivou" o grupo de hackers que teria invadido os celulares das autoridades. Uma liminar concedida em novembro passado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, determinava que o jornalista não fosse investigado na Spoofing.
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