É mestra em Sociologia Jurídica pela Universidade de São Paulo (USP) e doutora em Sociologia pela Sorbonne, Université René Descartes (Paris V). Criou e coordenou a Especialização em Gestão Cultural e o Mestrado Profissional em Gestão de Negócios Turísticos da UECE, onde é professora. Foi secretária municipal de Cultura e Turismo do município de Aracati (CE), superintendente do SENAC no Ceará (2001-2002) e secretária da Cultura do Estado (2003-2006). Foi responsável pela criação da Secretária da Economia Criativa do Ministério da Cultura. Atualmente, dirige o Observatório de Fortaleza do Instituto de Planejamento de Fortaleza (IPLANFOR)
"Viver e ser o que desejar", esta é a máxima da Declaração de Hangzhou de 2013, produzida pela Unesco, que destaca o papel da cultura no desenvolvimento sustentável: [...] a cultura, como capital de conhecimentos e como recurso, provê as necessidades dos indivíduos e das comunidades, e reduz a pobreza.
As capacidades da cultura como fonte de emprego e renda devem ser fortalecidas, com enfoque especial para as mulheres, as crianças, as minorias e os jovens.
É necessário aproveitar todo o potencial das indústrias criativas e da diversidade cultural para a inovação e criatividade, sobretudo, impulsionando as pequenas e médias empresas e promovendo o comércio e os investimentos baseados em materiais e recursos renováveis, sustentáveis, na perspectiva ambiental, que estejam localmente disponíveis e acessíveis a todos os grupos da sociedade.
O desenvolvimento includente, também se deve alcançar mediante atividades centradas na proteção sustentável do patrimônio, sua salvaguarda e sua promoção".
Lembro do convite que recebi do governo chinês, naquele ano, para participar do Encontro de Hangzhou e apresentar a política brasileira para a economia criativa junto aos Brics.
Mas, com a chegada da ministra Marta Suplicy ao Ministério da Cultura, fui desautorizada a viajar para a China, dias antes do Encontro cuja importância era estratégica para o Brasil.
Em Hangzhou, os países signatários das grandes convenções da Unesco (com ênfase na Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais) iriam elaborar um Documento que situaria a cultura no centro das políticas de desenvolvimento sustentável.
Lembro do meu constrangimento, ao tentar justificar a ausência repentina do Brasil, e da frustração em saber que o nosso País não assinaria a Declaração.
Mal sabia eu que entraríamos numa espiral de retrocessos que faria do Brasil um pária na paisagem internacional. Afinal, somos hoje uma ameaça diuturna à biodiversidade, aos direitos humanos, à pesquisa científica, ao patrimônio cultural, às artes, à economia criativa, ao desenvolvimento sustentável. Triste país. n
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