Como aconteceu esse encontro com a Jane Duboc?

Gilson - Nós nos conhecemos há bastante tempo. Nós vínhamos fazendo algumas coisas de shows, nos preparando e aí apareceu a oportunidade do disco ("The Smiling hour") e fizemos. E eu admiro a Jane há muito tempo, sabe? Então para mim foi uma alegria muito grande poder dividir com ela a emoção da música. Para mim, foi assim um marco na minha carreira.

E sobre sua parceria com o Ivan?

Gilson - Estamos juntos, nós estamos juntos. Agora nos 80 anos dele, fazem 50 anos que nós estamos juntos. Uma vida, né?

Como você equilibra seu trabalho de canções e o instrumental, que é mais difícil rodar no Brasil?

Gilson - A música é muito ciumenta, cara. Se você não cuidar bem, aparece um carinhoso e leva. Vai embora.

E o que que você tem agora de novos projetos?

Gilson - Acabei de gravar um disco em homenagem ao João Donato. Já está nas plataformas. Tem esse show com Ivan e com a big band de Manaus (agosto), em homenagem aos 80 anos dele. E eu já estou com a ideia de fazer um outro disco de piano solo, das composições que não estão gravadas. Ah! Aqui uma notícia quentíssima. Acabei de gravar um disco com o Roberto Menescal.

Instrumental?

Gilson - Instrumental, não. Nós cantamos também. Quer dizer, a primeira música, que vai dar nome ao disco, é Mundo Livre. É uma música do Menescal com letra de um parceiro dele que eu não conheço. E tem músicas minhas, músicas do Menescal, quatro de cada um. Está bem interessante.

E você canta também no disco? Você não tem trabalhos cantando.

Gilson - Olha, eu tenho um trabalho de cantor que chama "Cenas Brasileiras", com Paulo César Feital. Tem que ser assim, o slogan é "dedicação total a você". Antes que o mais carinhoso apareça. Se não o mais carinhoso aparece e leva, porra (risos).