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Editorial: A eleição e o fortalecimento da democracia
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Editorial: A eleição e o fortalecimento da democracia

Tipo Opinião

A consolidação das democracias no mundo foi um processo longo e conflituoso, em que gerações de homens e mulheres dedicaram-se a uma luta sem tréguas até chegar a um regime fundamentado nas leis, na liberdade e na busca da igualdade entre os cidadãos. O voto - isto é o direito de os povos escolherem livremente seus representantes - tornou-se símbolo marcante da democracia, pois é o momento em que governantes e parlamentares são avaliados pelos eleitores.

No entanto, mesmo o melhor sistema, a democracia, é passível de críticas, mas a beleza do regime é que ele é perfectível, isto é, passível de aperfeiçoamento dentro de seus próprios marcos. Por isso, costuma-se repetir a frase do primeiro ministro britânico, Winston Churchill, um dos mais importantes estadistas do século XX: "A democracia é a pior forma de governo, à exceção de todas as outras".

O Brasil pode ilustrar as dificuldades enfrentadas para que o voto se tornasse um direito de todos os cidadãos. No império, a eleição era bastante restrita, podendo-se eleger deputados e senadores. O voto era censitário, ou seja, era preciso ter uma renda mínima para registrar-se como eleitor. Com a Proclamação da República, o direito ao voto ampliou-se, mas sem tornar-se ainda universal.

A partir da década de 1930, o direito ao voto amplia-se. Em 1945, as mulheres que tinham garantido o direito ao voto em 1932, puderam votar também para presidente.

Porém com a ditadura de 1964, o direito ao voto foi novamente restringido, com os cidadãos perdendo o direito de eleger o presidente. Assim foi até a Constituição de 1988, que consolidou o voto universal e secreto.

Essa história exige atenção de todos os democratas, principalmente agora que o sistema volta a ser posto em xeque por aqueles que tentam desqualificar o processo eleitoral. Há vários exemplo de como isso vem ocorrendo no mundo e também no Brasil

Por isso, neste domingo, prepare a sua máscara, pegue seu título de eleitor e um documento (ou baixe o e-Título), faça uma "cola" para não esquecer o número de seus candidatos, não esqueça de levar uma caneta - e dirija-se em paz à sua seção eleitoral para exercer plenamente o direito democrático de escolher seus representantes. Assim, você estará ajudando a fortalecer a democracia. n

 

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