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A desobediência às normas sanitárias é irresponsável
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Editorial opinião

A desobediência às normas sanitárias é irresponsável

O que causa preocupação, além de todas as condições sanitárias ainda alarmantes, é a resistência de considerável parte da população ao cumprimento dos decretos locais referentes aos protocolos sanitários em vigência no Estado
Tipo Opinião

Novo decreto que estabelece medidas de flexibilização em grande parte do território cearense entra em vigor nesta segunda-feira, 14. Com isso, está autorizado o retorno presencial das aulas do Ensino Médio em todas as séries e está mantido o toque de recolher das 23 horas às 5 horas em todo o Ceará, além de ampliado o percentual de capacidade para alguns segmentos e setores, como igrejas e academias.

É necessário lembrar que a situação da pandemia de Covid-19 no Brasil se apresenta diferente nos estados. De acordo com o governador Camilo Santana, houve, no Ceará, nos últimos dias, redução da letalidade e do número de casos de Covid-19 em pessoas com mais de 65 anos. O motivo é a imunização proporcionada pela vacina.

A diminuição de casos e mortes nesta pandemia é algo que causa certo alívio à população que enfrenta a pandemia há mais de um ano. No entanto, a situação ainda é bastante grave, em muitos estados (inclusive vizinhos ao Ceará) e em diversas cidades cearenses. A vacinação tem ganhado mais rapidez, com milhares de pessoas imunizadas por dia no Estado.

O que causa preocupação, além de todas as condições sanitárias ainda alarmantes, é a resistência de considerável parte da população ao cumprimento dos decretos locais referentes aos protocolos sanitários em vigência no Estado. Representa desrespeito não somente com todas as normas que precisam ser seguidas, mas com todos que se juntam no combate à Covid-19. Além disso, mostra falta de solidariedade com todos os familiares e vítimas dessa doença.

Autoridades governamentais, profissionais de saúde, de segurança e toda a população estão engajados no esforço de conter a pandemia e frear as ondas de casos que se avizinham. É inadmissível que um número significativo de cearenses insista em violar as medidas de isolamento.

Para se ter uma ideia, desde o início da pandemia no Ceará, em março de 2020, foram registrados 1.408 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) por descumprimento aos decretos municipais e estaduais de combate à Covid-19. Os dados, divulgados pela Superintendência de Pesquisas e Estratégia de Segurança Pública (Supesp) do Ceará, mostram também que o total de casos de desrespeito registrados neste ano (de janeiro a maio) já corresponde a 93% dos registros de todo o ano passado.

Essa desobediência às medidas restritivas necessárias é mais um dos obstáculos para a contenção da pandemia. O uso de máscara e o distanciamento social como prevenção, regras constantemente quebradas e postas em xeque por autoridades governamentais que deveriam incentivá-las, tratam de responsabilidades individuais que impactam no coletivo.

Mais do que reconhecer o desastre social em que estamos envolvidos, é preciso que renunciemos a certas atitudes subjetivas em prol da eficácia da imunização, da higiene das mãos e do distanciamento social. Em um ano e três meses de pandemia, insistir numa conduta negacionista, nutrida pela oferta de informações sem embasamento científico, é desumano e irresponsável.

 

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