O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
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A Argentina é tricampeã mundial de futebol, após vencer a Copa do Mundo do Catar nos pênaltis diante da fortíssima seleção francesa, que era a atual campeã. É o primeiro título albiceleste em 36 anos. É o primeiro mundial de um sul-americano desde que o Brasil se tornou pentacampeão em 2002.
O merecido título da Argentina de Messi — que agora divide a prateleira de craque maior argentino com Diego Maradona, protagonista em 1986 —, foi um duelo de gigantes de duas gerações. Lionel abriu o placar de pênalti, começou jogada do segundo gol da Argentina. Mbappé diminuiu em penalidade, mandou a partida para a prorrogação.
Quando a partida se encaminhava para a decisão por pênaltis, Messi surgiu de novo para fazer o que parecia o gol do título. Mas Mbappé teve novo pênalti para fazer com que a taça fosse decidida em duelos entre goleiros e batedores. Messi e Mbappé não decepcionaram ao converter as cobranças. Assim como os argentinos Paredes, Dybala e Montiel. Muani também marcou para os franceses, mas Coman e Tchouaméni, não.
Messi, na quinta e provável última participação em Copas do Mundo, levantou a taça como craque, capitão e artilheiro da Argentina. Ele que, há um ano — em pleno Maracanã contra o Brasil —, encerrou ciclo de 27 anos sem títulos profissionais de futebol da Argentina, em decisão da Copa América.
Ao "país do futebol" coube mais uma queda precoce. Desde o título de 2002, a seleção brasileira só avançou além das quartas de final uma vez. Com a eliminação nos pênaltis contra a Croácia, o Brasil vai chegar à Copa do Mundo dos Estados Unidos, México e Canadá, em 2026, com 24 anos de fila. Para além disso, com o surgimento de gênios como Messi e Cristiano Ronaldo, o "país do futebol" não tem o melhor jogador do mundo desde 2007.
O desafio para a reconquista é enorme. O futebol cresceu. Hoje, Croácia e Marrocos podem ser merecidamente semifinalistas de uma Copa do Mundo. Daqui a quatro anos, nada impede o surgimento de campeão inédito. A França, campeã de 2018 e vice-campeã de 2022, segue com um time jovem e competitivo. Kylian Mbappé, que já marcou quatro gols em finais de Mundial, terá apenas 27 anos. A Alemanha dificilmente vai cair na primeira fase. A Itália terá chance de voltar ao palco mundial e de mostrar força. Inglaterra e Espanha vão estar mais maduras. A Argentina não vai querer esquecer o gosto da vitória.
O Brasil precisa reaprender a ser protagonista. Num país tão lotado de desigualdades e tão polarizado pela política, o futebol tem potencial de unir em um grito só. A Copa do Mundo de 2022 acabou ontem. Hoje, começa a de 2026. n
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