Estamos ainda na crista de uma avassaladora e desenfreada pandemia e, sem se falar que atravessamos um momento atípico, em todas as circunstâncias de curso e de percursos. Estávamos acostumados a conferir campanhas políticas bem ativas, participativas, contemplativas e dinâmicas, nas quais os ânimos afloravam frente a frente, no corpo a corpo e em todas as instâncias em questão. Estamos falando dos comícios,
showmícios, caminhadas nas comunidades, carreatas, dentre tantas outras atividades típicas de uma campanha política.

Com o avançar dos tempos, surgiram novas regras advindas das modificações na legislação eleitoral no sentido de coibir crimes eleitorais. Mas, devo ressaltar que, apesar de todas essas conformidades, nada mudou de forma expressiva.

No momento atual, com a tal e cruel pandemia, resta-nos, apenas, os embates nos meios de comunicação de massa, tais como: rádio, televisão, e, em destaque maior, atual e principalmente mais emergente, nas redes sociais, que já se manifestavam em uma franca progressão e com variadas medidas durante as campanhas de prevenção ao Covid-19, fazendo, dessa forma, a grande diferença, o que, para muitos se torna uma coisa preocupante, dada a sua força de penetração em todas as camadas sociais. Para mim, aí é
que mora o perigo, pois o raio de ação dessa ferramenta tecnológica é de multiplicação incomparável, na sua forma de linguagem e na velocidade com que se propaga, comparada à velocidade supersônica de um avião de caça, em relação ao trote de um jumentinho. Com todo o respeito a esse tão querido, respeitado e adorado animal doméstico, que, em épocas remotas, era visto como o melhor meio de transporte e trabalho, pois tinha acesso aos mais diversos percursos e terrenos.

Diante do exposto, advirto a quem quer que seja candidato a vereador ou prefeito que siga a meta maior, o objetivo preponderante, no sentido de propor ao mais abastados e aos mais desfavorecidos de políticas públicas, coerentes e necessárias, seja na esfera legislativa, seja na esfera do executivo, com a utilização, nessa campanha, de meios para explanar projetos e programas concernentes com a realidade atual das
comunidades. Enfim, da sociedade, de um modo geral. Ao chegarem nos seus devidos postos, não deem as costas para quem os elegeu.

Tais referências servem para todos os municípios do nosso País e, em especial, ao nosso querido Ceará e à nossa querida “loura desposada do sol”, a nossa amada Fortaleza. Vejo como um sonho, tal referência, pois o voto, para muitos, terá o peso da moeda vigente. No entanto, a esperança é a última que morre, e, é nessa esperança que conclamo aos candidatos em questão que não comprem votos, sejam conscientes acerca do momento delicado que estamos vivenciando. Aos eleitores, peço que não vendam o seu
voto, pois é a maior arma e a maior ferramenta que temos, para elegermos aqueles que nos defenderão junto às Instituições responsáveis, que determinarão o nosso futuro e o futuro da nossa Nação, do nosso Estado, da nossa Cidade. Dias melhores virão, onde as nossas necessidades básicas de cidadania serão contempladas a contento.

Enfim, que seja uma campanha política limpa.

*Luiz Câncio,

Médico veterinário e palestrante motivacional.