O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.
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Ao apontar “evidente desvio de finalidade e ilegalidade do uso de recursos públicos”, o deputado federal Célio Studart (PV-CE) ingressou nesta quarta-feira (25) com ação popular na Justiça Federal do Ceará para pedir a suspensão do monitoramento das redes sociais de parlamentares e jornalistas pelo Palácio do Planalto e acesso aos supostos relatórios produzidos, além do contrato com a empresa paga com dinheiro público para fazer este trabalho.
Na última sexta-feira (20), quando a lista de mais de uma centena de espionados veio à tona no site da revista “Época”, o deputado protocolou requerimentos de informação direcionados à Secretaria de Governo e ao Ministério das Comunicações, além de ter pedido ao presidente da Câmara a cobrança de explicações do Planalto em nome do Poder Legislativo.
Por meio das redes sociais, Célio havia manifestado sua indignação quando a reportagem foi publicada, classificando a espionagem de “atentado à democracia”.
Classificados com secretos, esses relatórios analisam as postagens dos parlamentares, classificam o nível de aderência desses conteúdos com o governo e comparam o alcance de perfis de redes sociais de jornalistas com o do presidente Jair Bolsonaro.
Questionado pela revista sobre os objetivos deste trabalho, o Planalto se recusou a dar explicações. De acordo com a reportagem, o material chegava às mãos de um círculo restrito de autoridades palacianas. Não pode ser desconsiderado, ainda, o uso pessoal e político deste conteúdo por parte do presidente da República.
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