Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
A principal questão para a campanha de Sarto Nogueira (PDT) parece ser associar-se à imagem do governador Camilo Santana (PT). O potencial de transferência de votos do petista, apontado nas pesquisas, justifica isso. Supera Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro, Ciro Gomes (PDT) e Roberto Cláudio (PDT). Ele busca todas as brechas existentes. Ontem, entrou na campanha o pai do governador. O ex-deputado Eudoro Santana, superintendente do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor), gravou um vídeo que é mais que pessoal. Fala praticamente em nome da família. Cita a parceria do filho com o prefeito Roberto Cláudio. É provavelmente o mais próximo que poderia haver de uma declaração de voto do próprio Camilo. A campanha também tem veiculado as críticas do governador ao Capitão Wagner (Pros), com o duplo papel de bater no líder das pesquisas e de trazer Camilo para dentro da campanha.
Candidata do partido de Camilo, Luizianne Lins (PT) comentou ontem, na sabatina na rádio O POVO-CBN, o uso da imagem dele na campanha. Ela considera que, como filiado ao partido, isso implica em deveres dele em relação ao partido. "Quem se filia a projeto partidário tem direitos e responsabilidades". Luizianne disse que, se não queria seguir as diretrizes partidárias, ele poderia ter deixado a legenda, mas não foi o que ele quis. "Tem as dores e as delícias de ser PT". O colega Carlos Mazza perguntou a ela se o governador sabia que teria a imagem usada na campanha, se ele autorizou. Luizianne não disse com todas as letras, mas deu a entender que não.
Hoje o entrevistado será Capitão Wagner (Pros), na rádio O POVO-CBN, às 9 horas.
Bolsonaro faz da vida dos brasileiros brinquedo ideológico para atender fanáticos
O presidente Jair Bolsonaro não gosta da China e desconfio que a China também não gosta dele. Ocorre que o Brasil tem na China o principal parceiro comercial. Só em medicamentos e outros itens de saúde, foram mais de R$ 1 bilhão em compras desde o início do ano. Entre todos os produtos, foram mais de 7 milhões de toneladas em nove meses. A China está dentro do Brasil.
O presidente disse que não compraria vacina que não estava aprovada em todos os testes. Ninguém estava propondo isso. O que há é uma intenção de compra caso a vacina seja aprovada.
Mas, o presidente reafirma que decisão é dele. Não haverá compra porque supostamente haveria descrédito em relação à vacina chinesa.
Não sei o quanto Bolsonaro entende de imunologia para tomar essas decisões. Sei que felizmente o Estado brasileiro tem organismos de Estado para fazer essas avaliações e decidir sobre a confiabilidade ou não.
A propósito, o Instituto Butantã diz esperar há mais de um mês pelo parecer da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para trazer ao Brasil matéria-prima para produção local da vacina. A Anvisa é um desses órgãos de Estado, mas só faltava ser usada politicamente - ou não faltava, visto que a agência tem criado dificuldades desde março até agora para realizar barreira sanitária no aeroporto de Fortaleza.
O presidente não tem o direito de impedir o acesso da população a uma alternativa de prevenção que venha a se mostrar segura e com resultados positivos.
Bolsonaro trata, mais uma vez, a política de saúde como brinquedo ideológico para atender fanáticos. Mais uma vez, pensa politicamente e de olho na base de cabos eleitorais. A história lhe será implacável.
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