Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
O Pros é um nanico que tem força no Ceará, mais exatamente em Fortaleza. O DEM é o partido mais forte do governo Jair Bolsonaro (PSL), controla Câmara dos Deputados e Senado. Disputar a eleição pelo Pros e pelo DEM são coisas muito distintas.
A assessoria do Capitão confirma o convite, mas ressalta que a mudança "depende de uma construção ainda complexa".
Chiquinho é aliado do governador Camilo Santana (PT), do prefeito Roberto Cláudio (PDT) e é suplente de Tasso Jereissati (PSDB). Empresário do ramo de transportes, tem articulações nacionais. Tem muitos contatos. Seu retorno ao comando do DEM não foi, todavia, nos mesmos termos de antes. A determinação nacional foi que o DEM não pode permanecer na base aliada de Roberto Cláudio.
Isso seria uma coisa. A chegada de Wagner significaria a certeza de candidatura própria à Prefeitura de Fortaleza. E uma candidatura bastante competitiva.
O DNA do partido
O DEM, antigo PFL, nasceu e se consolidou no Ceará como partido de Adauto Bezerra. Nos últimos 20 anos, virou o partido de Moroni Torgan. Sai de um policial para outro.
Como fica Moroni
Moroni é vice-prefeito de Fortaleza e tem familiares e indicados na Prefeitura. Nada sugere que esteja disposto a romper com Roberto Cláudio por causa da mudança de linha do partido.
O plano de Chiquinho
Chiquinho Feitosa já tinha plano traçado para o DEM. Não ficaria com Roberto Cláudio, mas tampouco entraria na campanha de Wagner. Provavelmente, indicaria o vice na chapa do PSDB. Não ficaria com o prefeito, mas também não atrapalharia tanto.
No momento em que o País vive, esse tipo de atitude do assessor apenas contribui para incitar o ódio nas pessoas. Na campanha eleitoral, o hoje presidente Jair Bolsonaro (PSL) já foi alvo de um lamentável ato de violência e é de se esperar dos atores políticos que atuem para que as desavenças sejam tratadas no patamar, se não da civilidade ou do respeito, ao menos da legalidade.
André Fernandes disse que o assessor é maior de idade - tem 58 anos - e responde pelos próprios atos. É verdade. Fernandes já está complicado na Assembleia e não pode ser responsabilizado por atos individuais do assessor.
O que não quer dizer que não respingue em sua imagem. Mesmo inocentado nos processos, o deputado federal José Guimarães (PT) ficou com a imagem vinculada ao assessor flagrado com dinheiro na cueca.
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