O Fortaleza voltou a fazer um ótimo jogo defensivamente na partida deste domingo, contra o Atlético-GO, no Castelão. Pela quinta vez seguida na Série A saiu de campo sem ver suas redes balançarem como mandante, desempenho excelente. No geral, com 10 gols sofridos em 13 jogos, tem a segunda melhor defesa da competição, atrás apenas do Internacional, que tomou nove.

O empate sem gols, entretanto, voltou a deixar evidente que o time tem problemas de finalização importantes e não por acaso sustenta o quarto pior ataque. Foram apenas 12 gols anotados, melhor apenas do que Coritiba, Athletico-PR e Grêmio.

É possível explicar os números com questões táticas, de entrosamento, aspectos físicos e avaliando os adversários, mas é a individualidade dos atletas que precisa ser observada neste momento. Paulão e os laterais (os quatro que se revezam) têm tido boa postura, assim como a segurança de Felipe Alves e as coberturas e antecipações de Felipe e Juninho. Os jogadores de frente ajudam no sistema defensivo e o resultado aparece.

Acertar a meta adversária é um problema grave, entretanto. O Fortaleza é o segundo time que menos finaliza certo ao gol e o quarto pior em finalizações totais entre os 20 times. Dos homens que atuam mais próximos do gol. Romarinho e Osvaldo jamais foram grandes artilheiros. David, por mais que se esforce, erra absolutamente tudo na hora de finalizar e não é de hoje. Sua escalação não se justifica faz tempo, mas Rogério Ceni não entende assim. Wellington Paulista, por sua vez, não tem tido muitas oportunidades nas partidas e é o atleta que mais é poupado pelo treinador.

Numa boa décima colocação com 17 pontos até aqui, a manutenção do bom momento defensivo é fundamental para uma campanha consistente do Fortaleza, mas a melhora do aproveitamento ofensivo se faz muito necessária para objetivos maiores e eles são possiveis.