Desde a surpreendente eliminação para o Iguatu nas quartas de final do Campeonato Cearense, o Ceará não perdeu mais, pelo contrário. Entrou quatro vezes em campo por Copa do Brasil e Copa do Nordeste, venceu todas, não tomou nenhum gol e marcou oito, mostrando força essencial. 

Os resultados e as seguras atuações também revelaram um elenco resiliente, capaz de superar uma forte onda de críticas - justas e merecidas pela derrota - mas que não poderiam ficar impregnadas na forma de seguir o trabalho de treino e campo, sob pena de comprometer outros torneios muito mais relevantes.

Neste cenário, por mais que medidas administrativas tenham sido tomadas - algumas sem qualquer ligação com a derrota - era a comissão técnica e o elenco que tinham que promover a reação imediata. E ela ocorreu.

Tiago Nunes, como líder do processo, soube cobrar internamente sem expor os atletas, assumiu publicamente o fracasso - ainda que estivesse muito longe de ser o único responsável - e então recolocou o Alvinegro no bom rumo do começo de 2022, até porque, é bom lembrar, a temporada começou positiva e nada indicava a decepção no estadual.

A situação culminou também por mostrar um elenco forte psicologicamente. ajudado por uma torcida que apoiou demais e o 2 a 0 contra o CSA foi bastante emblemático, no Castelão. Assim, as vitórias sobre São Raimundo-RR, CSA, Tuna Luso e Campinense fazem parte de um processo de retomada. Por mais que não sejam equipes de Série A, eram adversários que precisavam ser superados, cada um exigindo qualidades diferentes do Ceará. E elas apareceram.