Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito
Foto: Samuel Setubal
O destino de Ceará e Fortaleza em 2026 será definido amanhã
Ceará e Fortaleza chegaram ao fim de 2025 como o amargo rebaixamento. Depois de 17 anos, ambos vão disputar, juntos, a Série B do Campeonato Brasileiro. Com a queda, as feridas esportivas e econômicas vão se abrir, como é natural e ocorre com todos os clubes em cenário semelhante. A queda não é apenas de divisão, mas de patamar, ao menos temporariamente.
Os números escancaram o tamanho do desafio. O Fortaleza previa para 2025 uma receita de R$ 387 milhões e o Ceará, R$ 230 milhões. Somados, mais de R$ 600 milhões que dependiam, em grande parte, da continuidade na Série A. A realidade agora será outra.
O impacto é imediato: bilheteria menor, planos de sócio-torcedor sob pressão, patrocínios reavaliados. Mas nada pesa tanto quanto a brutal diferença dos direitos de transmissão. Na elite, a TV garante cifras que sustentam boa parte do orçamento.
A LFU (entidade da qual Ceará e Fortaleza fazem parte para a comercialização dos direitos de TV), em média, paga cerca de R$ 130 milhões aos seus filiados na Série A. Na Série B, os valores são drasticamente reduzidos, chegando no máximo aos R$ 10 milhões por ano.
A projeção mais realista aponta que, juntos, os clubes devem perder mais de R$ 200 milhões em receitas. É o tipo de corte que muda projetos, desfaz elencos e altera ambições. O que era planejamento, obviamente vira reconstrução.
Agora, claro, não se trata apenas de lamentar. Já deu tempo de lamber as feridas. Óbvio também que o rebaixamento não apaga conquistas e a evolução nos anos recentes, porém, obriga escolhas duras. Reduzir custos sem perder competitividade e tratar o fracasso como oportunidade de reorganização, identificando imediatamente os problemas, por mais que ambos tenham trabalhado com seriedade.
A realidade é que a Série B vai ser um teste de resiliência. Os dois rivais terão de mostrar que a ascensão dos últimos anos não foi um ciclo isolado, mas o início de uma era. Voltar é sim uma grande obrigação.
Noite das Personalidades Esportivas
Mais uma vez foi marcante a Noite das Personalidades Esportivas, realizada nesta segunda-feira, na Fiec. Principal homenageada da noite, com o troféu nacional, Eveliny Almeida, primeira mulher cearense do quadro de árbitros da Fifa, estava muito emocionada.
Ao ser anunciada pelo jornalista Sérgio Ponte, Eveliny deixou claro o quanto trabalhou para, hoje, estar na Comissão Nacional de Arbitragem, buscando elevar o nível geral de uma atividade complexa, tanto no futebol feminino, como no masculino.
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Mais sobre Eveliny Almeida
1. Eveliny era responsável pela organização da pré-temporada da arbitragem da Federação Cearense de Futebol e chamou atenção pela organização e comprometimento.
2. Participou então de uma seleção em São Paulo e foi escolhida entre 70 candidatos para a única vaga de membro da arbitragem da Federação Paulista.
3. Tornou-se referência nas pré-temporadas por lá e novamente se destacou, até ser convidada para exercer papel semelhante na CBF.
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