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Ceará prevê redução da folha de sete para quatro milhões por mês
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Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito

Ceará prevê redução da folha de sete para quatro milhões por mês

Esse redimensionamento não é uma escolha, mas uma obrigação.
Tipo Opinião
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Pedro Raul durante Ceará x Cruzeiro, pela Serie A do Brasileirão. (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Pedro Raul durante Ceará x Cruzeiro, pela Serie A do Brasileirão.

Não tem jeito. A queda para a Série B vai impor ao Ceará uma readequação financeira profunda para 2026. A folha de pagamento, que girava em torno de R$ 7 milhões por mês nesta temporada de primeira divisão, precisará ser reduzida para algo próximo de R$ 4 milhões, estima o presidente o clube, João Paulo Silva.

O corte é pesado e muda completamente o perfil de contratações, precisando encontrar soluções mais criativas para continuar brigando por acesso imediato. Os direitos de transmissão vão cair de cerca de R$ 130 milhões por ano para algo próximo de R$ 10 milhões. Os patrocínios também tendem a encolher, já que a visibilidade da Série B não se compara à elite nacional.

Com menos receita e a necessidade de manter contas em dia, as compras de direitos econômicos de jogadores se tornam praticamente inviáveis. A regra passa a ser renovação de vínculos temporários, contratações mais modestas e aproveitamento máximo da base. Casos como os de Galeano, Matheus Bahia, Pedro Raul e Fabiano, por exemplo, atletas emprestados que foram titulares em 2025, ilustram bem o cenário que se apresenta.

Esse redimensionamento não é uma escolha, mas uma obrigação. De toda forma, o Ceará chega a esta nova Série B em situação estrutural muito mais sólida do que em 2023, quando voltou à segunda divisão com dívidas pesadas e um departamento financeiro em crise.

Hoje o clube é mais organizado, tem governança e aprendeu a cortar na carne. O desafio é combinar responsabilidade com ambição esportiva. O torcedor quer subir imediatamente, mas para isso será preciso montar um time competitivo gastando menos, errando menos e aproveitando melhor cada centavo investido.

Foto do Fernando Graziani

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