Formado em Gastronomia pelo Centro Universitário Senac São Paulo (2009); Prochef pelo The Culinary Institute of America (2013). Pesquisador da gastronomia cearense é Autor do
Formado em Gastronomia pelo Centro Universitário Senac São Paulo (2009); Prochef pelo The Culinary Institute of America (2013). Pesquisador da gastronomia cearense é Autor do
Família, tradução da construção de um coletivo com um propósito. Algumas pessoas dizem que família não se escolhe, mas lembre-se de que você surgiu de uma escolha de duas pessoas decididas a uma vida em conjunto.
Em momentos tão difíceis como agora, a importância do coletivo nunca ficou tão evidente. O momento onde estar só ou acompanhado apenas pelos que moram na mesma casa que a gente é uma oportunidade de repensar a nossa vida. Tenho refletido muito sobre o propósito do símbolo maior do coletivo que temos na nossa casa: a mesa de jantar. Para você, qual o sentido da mesa de jantar da sua casa?
Devido a correria do dia a dia não temos mais tempo de fazer as nossas refeições na mesa com a família. Comemos na correria entre um trabalho e outro, comemos fora de casa, e no fim a mesa acaba ficando apenas como suporte para objetos aleatórios. Comecei a lembrar que muitos momentos da minha infância se passaram na mesa. O ritual do café, almoço e jantar todos os dias. Quando meu pai chegava para jantar e perguntava como tinha sido a minha aula ou em minha mãe contando o seu dia, era a hora de colocar a conversa em dia.
Pois é, a quarentena me propôs muitas lembranças da minha infância, dos sabores e aromas que me marcaram, e da rotina familiar.
Então, me permiti como cozinheiro refazer tudo aquilo que comia quando pequeno e dar para meus filhos. Fazer eles terem o mesmo sentimento que eu tinha em fazer parte de um coletivo chamado família, criar memórias.
A comida pode curar, acalentar, ajudar, nos confortar. Aproveite esse momento, olhe para quem está ao seu lado e chame-o para a mesa, para materializar o mais nobre e puro sentimento que é o amor. Sente-se à mesa e construa ou reconstrua o seu coletivo através do compartilhar da comida.
A receita a seguir foi uma das que relembrei com meu filho Raul, de 5 anos.
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