Colunista de política, Gualter George é editor-executivo do O POVO desde 2007 e comentarista da rádio O POVO/CBN. No O POVO, já foi editor-executivo de Economia e ombudsman. Também foi diretor de Redação do jornal O Dia (Teresina).
Colunista de política, Gualter George é editor-executivo do O POVO desde 2007 e comentarista da rádio O POVO/CBN. No O POVO, já foi editor-executivo de Economia e ombudsman. Também foi diretor de Redação do jornal O Dia (Teresina).
"O MP do Rio comete série de erros bizarros em sua “denúncia”, às vésperas da eleições municipais....." Pois é, o senador Flávio Bolsonaro começa sua nota oficial sobre a denúncia apresentada contra ele pelo Ministério Público do Rio de Janeiro questionando o momento em que ela foi tornada pública e insinuando interesses políticos como motivação real.
Enquanto isso, seus amigos e aliados de Fortaleza tripudiam de adversários que levantam dúvidas sobre operação realizada ontem pela Polícia Federal contra a prefeitura, exatamente argumentando que um dos seus objetivos seria interferir no processo eleitoral.
Antes mesmo de entrar no mérito da acusação e defender-se dela, o que até fizeram, também.
Aliás, o episódio já está sendo exaustivamente explorado nos programas partidários do Capitão Wagner, do Pros, o candidato do presidente Bolsonaro em Fortaleza.
Neste caso, nem aí para o momento e sem qualquer interesse no fato de que tudo acontece, como diz o senador Bolsonaro no seu caso, "às vésperas das eleições municipais".
É possível, até, que muitos dos que horas atrás tripudiaram do prefeito Roberto Cláudio, rindo de sua defesa de que a ação policial teria a ver com o calendário, sintam-se agora tocados pela tese com a qual abre sua nota de defesa o filho do presidente que adoram.
A velha história de que aquilo que hoje faz rir, amanhã pode fazer chorar.
O mais engraçado: Flávio atribui a denúncia contra ele a interesses eleitorais, sem que seja candidato a nada agora em 2020. Aliás, pensando melhor, não tem nada de engraçado, é um estilo de fazer política que precisa apostar sempre na irracionalidade como instrumento de condução do debate.
Na fase histórica mais recente do País, infelizmente, com resultados práticos para quem a adota, como a família Bolsonaro.
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