Colunista de política, Gualter George é editor-executivo do O POVO desde 2007 e comentarista da rádio O POVO/CBN. No O POVO, já foi editor-executivo de Economia e ombudsman. Também foi diretor de Redação do jornal O Dia (Teresina).
Colunista de política, Gualter George é editor-executivo do O POVO desde 2007 e comentarista da rádio O POVO/CBN. No O POVO, já foi editor-executivo de Economia e ombudsman. Também foi diretor de Redação do jornal O Dia (Teresina).
Informação importante, porque é uma indicação de como as coisas podem evoluir a partir de uma perspectiva nova que está sendo lançada à mesa de debates sobre 2022: o entorno muito próximo do tucano Tasso Jereissati sente um certo estímulo tácito dele, ainda não expresso em palavras ou ações públicas, à alimentação do seu nome como uma das possibilidades de candidatura à sucessão do presidente Jair Bolsonaro, ano que vem. Tem muita combinação ainda por ser feita, mas, é fato, um sinal inicial indispensável está dado.
Um dos sintomas é a intensificação nos últimos dias de contatos com forças políticas, inclusive de partidos que não o PSDB. Há uma procura pelo senador cearense, também verificável no volume de notícias nacionais envolvendo seu nome e vinculando-o à próxima disputa presidencial, que indica muito da repercussão de entrevista do presidente tucano, Bruno Araújo, na qual ele cita o nome "Tasso" como uma alternativa séria em discussão para liderar um palanque nacional no ano que vem.
A alternativa Tasso está colocada na discussão pública e, inclusive, já apareceu uma primeira pesquisa (Exame/Ideia) na qual seu nome encontra-se inserido para aferição política. A performance não chama atenção quanto àqueles números mais visíveis e que, naturalmente, comandam a discussão sobre a viabilidade, ou falta dela, de uma ideia de candidatura que seja apresentada ao mundo das especulações. A tal intenção de voto, na qual o consultado diz qual seria sua opção se as eleições fossem hoje. Na simulação em que consta, o tucano cearense tem 4%, longe da turma que está na boca do povo.
No entanto, como sabemos, a eleição não será hoje, o que recomenda olhar, nessa mesma pesquisa, para outros dados mais consistentes que ela apresenta. Por exemplo, a taxa de rejeição, porque quem diz agora que não vota em tal pessoa dificilmente mudará seu conceito com pouco mais de um ano de calendário à frente. Numa avaliação que abrange todos os nomes, os maiores e os menores. Aqui é onde os olhos azuis do galeguinho brilham, porque a taxa que ali aparece (16%) é uma das menores, acima apenas do companheiro de PSDB, Eduardo Leite (11%), aliás, nome que o próprio Tasso sempre cita como respeitável liderança emergente entre os tucanos.
Um outro aspecto a considerar é que, em tese, Tasso briga por espaço entre os que apostam na viabilidade de uma terceira via, de uma alternativa a Bolsonaro e a Lula, os dois poderosos de agora que se engalfinham no bloco de cima, isolados. No campo político real em que está localizada a disputa do tucano, por exemplo, ninguém chega aos dois dígitos, o que significa dizer que há um embolo, sem um favorito real e disparado, o que pede uma estratégia que nesse momento busque a conquista de uma parcela específica do eleitorado, não, ainda, aquela que já se diz favorável à reeleição do atual presidente ou à volta do petista. Esta, seria uma conversa de segundo turno.
A deterioração do cenário social e econômico como efeito direto da pandemia anda assustando muita gente. Um deles é o deputado federal Danilo Forte, do PSDB, que, na semana, dizia-se impactado pelo que vira em recente viagem a Canindé, distante 116 km de Fortaleza. "Muita gente sem perspectiva, a fome voltou com força", lamentou o parlamentar, que considera urgente à política buscar meios de assistir melhor à população mais carente. Esquecendo-se, por ora, da prioridade à agenda eleitoral.
O governador Camilo Santana, que há meses almoça, janta, toma café, dorme e tem pesadelo com a pandemia e seus efeitos terríveis, finalmente parece estar perdendo a paciência com os críticos e adversários que se valem de notícias falsas para piorarem o que já parece suficientemente ruim. Foi às redes sociais responder a ataques mais recentes, baseados em mentiras, e distribuiu ordens aos assessores para, a partir de agora, as reações serem mais duras e contundentes.
Como "resposta", o deputado federal Capitão Wagner, um dos alvos ocultos do desabafo do governador, foi às mesmas redes sociais para, valendo-se apenas de um sobrenome comum, insinuar uma relação consaguínea inexistente entre Camilo Santana e o marqueteiro baiano que Ciro Gomes acaba de contratar para futuros projetos eleitorais, João Santana. Aquele investigado, condenado e preso pela Lava Jato, que fez várias campanhas presidenciais petistas, mas, de verdade, sem qualquer parentesco com o governador cearense.
O senador cearense Eduardo Girão, do Podemos, vai garantir mesmo a primeira emoção da CPI da Covid que será instalada na próxima terça-feira. Sua candidatura à presidência da Comissão é oficial, foi protocolada junto à mesa do Senado e, diz, tem o compromisso de garantir uma investigação "isenta, imparcial e responsável". A ideia dele é estragar o acordão feito há alguns dias e que destina a presidência para Omar Aziz, do PSD/AM, e a relatoria para Renan Calheiros, do MDB/AL.
Após 13 dias de hospitalização, dois em Sobral, na histórica e sempre eficiente Santa Casa, e os outros 11 no badalado Albert Eistein, em São Paulo, o deputado federal cearense Moses Rodrigues (MDB) teve alta na última sexta-feira para alívio dos familiares. Nada a ver com Covid-19, foi um problema gastrointestinal grave que determinou sua longa permanência em leitos hospitalares, mas, ainda bem, a história registra um final feliz.
Um dos políticos cearenses mais irritados com o erro grosseiro do Ministério da Educação, que excluiu 190 mil alunos cearenses matriculados no ensino integral do cálculo de distribuição de recursos pelos municípios, é o deputado estadual Queiroz Filho (PDT), presidente da Comissão de Educação da Assembleia. O prejuízo às prefeituras é calculado em R$ 290 milhões e o parlamentar organiza mobilização para que a reposição do dinheiro, já prometida, aconteça o mais rapidamente possível.
"Se o Brasil fosse um país armado duvido muito que esses vagabundos estariam humilhando trabalhadores e forçando o fechamento dos seus comércios"
André Fernandes, deputado estadual pelo Republicanos. Mais claro impossível quanto à ideia de se criar milícias armadas a pretexto de garantir a defesa do direito à propriedade, se necessário praticando a desobediência civil, e resta entender se também valeria para determinações do presidente da República. O atual, no caso
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