Logo O POVO+
Cid defende aliança em Fortaleza para derrotar "projetinho de Bolsonaro"
Foto de Henrique Araújo
clique para exibir bio do colunista

Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

Cid defende aliança em Fortaleza para derrotar "projetinho de Bolsonaro"

Tipo Notícia
FORTALEZA, CE, Brasil. 31.12.2019: Inauguração do Binário na Santos Dumont. Na foto: Cid Gomes e Roberto Claudio. (Foto: Deísa Garcêz / Especial para O Povo) (Foto: DEÍSA GARCÊZ/Especial para O POVO)
Foto: DEÍSA GARCÊZ/Especial para O POVO FORTALEZA, CE, Brasil. 31.12.2019: Inauguração do Binário na Santos Dumont. Na foto: Cid Gomes e Roberto Claudio. (Foto: Deísa Garcêz / Especial para O Povo)

O senador Cid Gomes (PDT) defendeu hoje uma aliança dos partidos da base do prefeito Roberto Cláudio (PDT) e do governador Camilo Santana (PT) para se apresentar como alternativa ao que chamou de um “projetinho de Bolsonaro aqui no Ceará e aqui em Fortaleza”.

As declarações foram dadas ao jornalista Fábio Campos, em transmissão ao vivo pelas redes sociais.

Segundo o pedetista, “no caso de Fortaleza, dada a conjuntura, quanto mais a gente puder somar, agregar, e o nome vai ter influência nisso, melhor para que a gente possa ser uma alternativa a um projetinho de Bolsonaro”.

Para Cid, esse projeto ao qual se opõe é simbolizado localmente pelo deputado federal e pré-candidato Capitão Wagner (Pros), citado por ele na conversa.

“O Wagner é a representação desse projeto nacional do Bolsonaro. Todas as forças que se contrapõem a esse projeto deveriam pensar, se não uma aliança no primeiro turno, que seria o ideal, pelo menos no segundo turno”, acrescentou.

Sobre a possibilidade de o candidato à sucessão de Roberto Cláudio não ser um nome do PDT, mas de fora da legenda, Cid respondeu: “Nós temos que ter em vista que o projeto tem que ser maior do que o projeto de um partido”.

As afirmações do senador ecoam as de Ciro Gomes (PDT), que, em entrevista ao O POVO há alguns dias, sustentou a tese de uma aliança entre PDT e PT na capital cearense para enfrentar Capitão Wagner.

“Não podemos dar em Fortaleza uma vitória a Bolsonaro”, disse o ex-presidenciável, para quem o PT de Lula tentaria impedir um possível entendimento entre as duas legendas nas eleições de Fortaleza.

Também presente à conversa com Cid, o prefeito Roberto Cláudio assinalou que, “prioritariamente, quero alguém do PDT” para concorrer ao Executivo municipal, mas ressalvou que “não está descartado nenhum cenário”.

No início do mês, três secretários municipais e dois estaduais foram desincompatibilizados para estarem à disposição caso sejam escolhidos como candidatos na chapa governista.

Da Prefeitura, saíram Samuel Dias (antes na Secretaria de Governo), Alexandre Pereira (ex-Turismo) e Ferruccio Feitosa (Regional II).

Já o Governo do Estado exonerou Élcio Batista (PSB), então na Casa Civil, e Nelson Martins (PT), à frente das Relações Institucionais.

Petistas mais próximos de Camilo Santana têm defendido o nome de Martins como único capaz de unir as duas siglas (PT e PDT) já no primeiro turno das disputas.

Aliado do governador, o deputado estadual Acrísio Sena disse à coluna nessa terça-feira que o “sentimento do Camilo é pacificar e unificar já no primeiro turno, até porque a conjuntura é difícil, com uma coesão em torno da candidatura de oposição”.

O arranjo, porém, encontra resistência dentro do ninho petista, onde a deputada federal Luizianne Lins já costura sua própria postulação.

Foto do Henrique Araújo

Política como cenário. Políticos como personagens. Jornalismo como palco. Na minha coluna tudo isso está em movimento. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?