"O MDB não fez compromisso com ninguém para a sucessão de Fortaleza", diz Eunício
Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Ex-senador e presidente do MDB no Ceará, Eunício Oliveira afirmou que o partido ainda não decidiu se terá candidato próprio ou se apoiará outro nome na disputa pela Prefeitura de Fortaleza.
“O MDB não fez compromisso com ninguém para sucessão de Fortaleza e do Estado em 2022”, disse o emedebista dias atrás, posição sustentada até agora.
Segundo Eunício, houve acordo em 2018 com as forças governistas no Ceará em torno da sua reeleição ao Senado, mas esse trato teria sido rompido, e o resultado foi o seu revés nas urnas naquele ano.
“Fizeram (acordo) conosco em 2018 e nos traíram. Todos do Ceará e Brasil sabem”, criticou, referindo-se ao grupo do prefeito Roberto Cláudio (PDT).
Dois anos atrás, ocuparam as vagas de senador os postulantes Eduardo Girão (Podemos) e Cid Gomes (PDT).
Eunício atribui a derrota a um esforço dos pedetistas para tirá-lo do páreo na corrida eleitoral. Integrantes da legenda negam essa versão. Para eles, o então senador perdeu mesmo em redutos eleitorais, ficando atrás de figuras como Mayra Pinheiro (PSDB) e o próprio Girão, eleito na onda do bolsonarismo.
Até agora, a posição do MDB na sucessão de RC é uma incógnita. À coluna, Eunício já chegou a dizer que apoiará o nome que o governador Camilo Santana (PT) escolher.
Mas o chefe do Abolição está no meio de um fogo cruzado entre PT e PDT, ambos na sua base de sustentação e com projetos solo de candidatura.
O dirigente do MDB descarta, porém, marchar ao lado de um candidato do PDT, sobretudo se indicado por Roberto Cláudio.
Dentro do ninho emedebista, a pressão é para que a sigla tenha concorrente ao Paço, seja o deputado estadual Leonardo Araújo ou o colega de Assembleia Danniel Oliveira, sobrinho do ex-senador.
Ainda longe do período de convenções, que se estende de agosto até 15 de setembro, o MDB conversa com aliados, principalmente o PT da deputada federal Luizianne Lins.
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