Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Alvo de investigação da Polícia Federal por suspeita de ter usado candidatas “laranjas” para desviar recursos públicos em 2018, o PSL no Ceará divulgou chapa com 65 nomes de postulantes para a Câmara de Vereadores em Fortaleza.
Entre os potenciais candidatos, estão 21 mulheres, o equivalente a 32,3% do total. O índice está pouco mais de dois pontos acima do exigido pela Justiça Eleitoral nas eleições de 2020.
Em todo o Ceará, a legenda soma 800 candidaturas, entre vereadores, prefeitos e vice-prefeitos.
Em junho deste ano, a PF cumpriu quatro mandados de busca e apreensão relativos à investigação que apura se houve desvio de R$ 151 mil recebidos pela candidata a deputada estadual Gislani Maia (PSL) dois anos atrás.
A postulante foi a única da legenda a se beneficiar de recursos repassados diretamente pela executiva nacional do partido. Sua cota superou inclusive o aporte à campanha do então candidato a deputado federal e hoje presidente estadual do PSL, Heitor Freire, que foi de R$ 50 mil – três vezes menos.
Às vésperas da eleição, a candidata gastou quantia alta em uma gráfica cuja capacidade técnica a impedia de atender à demanda alegada por Maia. A empresa também operava para Freire, com impressão de peças.
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