ANÁLISE | Nova rodada da pesquisa O POVO/Datafolha é decisiva para estratégias de candidatos
Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
A pouco mais de 15 dias do primeiro turno das eleições em Fortaleza, o cenário mostrado pela nova rodada da pesquisa O POVO/Datafolha nesta quarta-feira (28) terá impacto imediato nas estratégias das candidaturas que lideram a corrida: Capitão Wagner (Pros), Luizianne Lins (PT) e José Sarto (PDT).
Até aqui, a campanha foi dominada pelo embate direto entre Wagner e o governador Camilo Santana (PT). A estratégia do grupo governista parece evidente: desgastar o representante do Pros, de modo a fragilizá-lo seja para o segundo turno ou para evitar que chegue lá.
Conseguirão? O Datafolha responderá amanhã.
Se Wagner cair e ficar abaixo dos 30%, a disputa muda. Se, pelo contrário, subir ou se consolidar na faixa dos 30%, muda também – porque demonstrará a resistência do postulante à artilharia do bloco pedetista e a ineficácia da tática adotada contra ele.
Do mesmo modo, se Luizianne se mantiver no mesmo patamar de 24% ou oscilar um ou dois pontos, negativa ou positivamente, o quadro se altera – ultrapassá-la não será fácil, seja pela força da ex-prefeita ou porque não há tempo hábil.
Terceiro colocado, Sarto apostou suas fichas na erosão de Wagner. Em um mês de campanha, o alvo prioritário foi o líder das pesquisas. Apenas de sexta-feira passada para cá foi que resolveu mudar as notas desse samba, incluindo Luizianne como endereço de seus torpedos. Demorou para que a deputada federal entrasse no radar do Paço.
Para Sarto, o que muda com o Datafolha de amanhã? A depender dos números, tudo. Primeiro, se mostrar bom crescimento, cristaliza-se a escolha por fustigar preferencialmente Wagner.
Mas, caso isso não aconteça e o pedetista estacione com 16% ou 17%, a tendência é que a campanha governista dê um giro e promova de vez essa mudança de tom já esboçada do fim de semana para cá.
Nesse cenário, Luizianne passa a alvo número 1 do candidato do PDT.
Isso é possível? O Datafolha dirá.
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