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Em ofício a ministro, Camilo pede agilidade no envio de vacinas ao Ceará
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

Em ofício a ministro, Camilo pede agilidade no envio de vacinas ao Ceará

Na véspera de reunião com o ministro da Saúde nesta quarta-feira, 17, o governador Camilo Santana (PT) enviou ofício a Eduardo Pazuello "informando sobre o aumento considerável de casos de Covid-19 no Ceará", segundo relato de fonte do Palácio da Abolição. No documento, Camilo também pede "maior agilidade no envio de vacinas para o Estado e o credenciamento de novos leitos de UTI e de enfermaria".
Tipo Notícia
As medidas visam auxiliar o setor de Eventos, que teve impactos econômicos negativos por conta da pandemia de Covid-19.  (Foto: Reprodução/ Facebook)
Foto: Reprodução/ Facebook As medidas visam auxiliar o setor de Eventos, que teve impactos econômicos negativos por conta da pandemia de Covid-19.

Na véspera de reunião com o ministro da Saúde nesta quarta-feira, 17, o governador Camilo Santana (PT) enviou ofício a Eduardo Pazuello “informando sobre o aumento considerável de casos de Covid-19 no Ceará”, segundo relato de fonte do Palácio da Abolição.

No documento, Camilo também pede “maior agilidade no envio de vacinas para o Estado e o credenciamento de novos leitos de UTI e de enfermaria”.

Na última sexta-feira, 12, o Governo anunciou a ampliação da rede leitos públicos, com acréscimo de 212 vagas de UTI integralmente voltadas para pacientes acometidos de Covid. Ao todo, o Ceará dispõe de 703 leitos de UTI voltados para a enfermidade.

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Os chefes de Executivo estaduais têm encontro com Pazuello para definir um cronograma de vacinação, cuja etapa inicial, que previa a imunização de grupos prioritários (idosos e profissionais de saúde), deveria se encerrar em abril próximo.

Em muitas cidades, porém, a quantidade de doses de vacina se esgotou e a cobertura vacinal foi suspensa. Os gestores pressionam para que o ministro se comprometa com um calendário de compra e entrega das vacinas.

Durante transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta terça-feira, 16, Camilo reforçou a importância dessa reunião com o ministro para “avaliarmos a situação da pandemia no Brasil e calendário de entrega de vacinas”.

O governador acrescentou que o empenho em uma ampla campanha de vacinação é “a única forma segura que vamos ter de retomarmos a normalidade”. Ainda segundo Camilo, há previsão de chegada de novo lote de doses na semana que vem.

Além do calendário, outro ponto que deve estar na pauta dos governadores com o auxiliar de Jair Bolsonaro (sem partido) é a inclusão de alternativas entre as vacinas disponíveis, como a russa Sputnik V.

Também pelas redes sociais, o governador do Piauí e responsável pelo assunto no Fórum Nacional de Governadores, Wellington Dias (PT), disse na segunda-feira, 15, que a intenção é encontrar uma “solução da farmacêutica União Química com a vacina Sputinik”.

“Vamos falar sobre o pagamento das UTIs em atividade de janeiro para cá, incluindo ampliação para atender crescimento de demanda”, complementou Dias.

Ministro Eduardo Pazuello tem sido cada vez mais pressionado por lentidão na campanha de vacinação
Foto: Pedro França/Agência Senado
Ministro Eduardo Pazuello tem sido cada vez mais pressionado por lentidão na campanha de vacinação

O encontro com o ministro Pazuello, de acordo com o petista, foi solicitado em 31 de janeiro, mas somente agora será possível realizá-lo. Os intermediadores dessa conversa foram os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), respectivamente.

Governadores e ministros sentam à mesa num momento de grande pressão sobre Pazuello, cuja saída vem sendo alvo de rumores, sobretudo depois do caso na saúde de Manaus, no Amazonas.

Nesta terça-feira, a Confederação Nacional de Municípios, uma entidade que congrega mais de cinco mil prefeituras, divulgou nota na qual pede a exoneração do ministro.

Pazuello é o terceiro nome a desempenhar a função na gestão Bolsonaro. Antes dele, passaram pelo posto Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta, ambos demitidos após entrarem em rota de colisão com o presidente – Bolsonaro era contra o lockdown e outras medidas de contenção da pandemia.

Foto do Henrique Araújo

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