Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
A três semanas do fim do ano, o Governo do Estado prepara pacote de mensagens para tramitação e votação na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE). Entre elas, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que estabelece a receita e as despesas do ente estadual no ano seguinte.
Secretário da Casa Civil do Governo, Chagas Vieira afirma que o Abolição ainda discute “algumas questões e pontos, que serão definidos ao longo da semana”, sem entrar em detalhes.
Em 2020, a LOA, assim como outros projetos de lei de interesse do Executivo, foi votada no dia 22/12, último daquele exercício parlamentar. A previsão agora é que o Legislativo estenda seus trabalhos até o dia 23/12, entrando em recesso na sequência.
Sem votar e aprovar a LOA, contudo, a Casa não pode encerrar as atividades. A intenção é que não seja necessário convocar os deputados extraordinariamente e que os textos sejam analisados dentro do prazo normal.
Deputado de oposição, Renato Roseno (Psol) critica o pouco tempo que os parlamentares têm para apreciar as matérias que chegam do Executivo na reta final do ano.
“Tudo virou urgência. (O projeto) chega de manhã, é lido, aprova a urgência e vota no mesmo dia”, aponta o psolista.
Procurado pela reportagem, o líder do Governo na AL, deputado Julio Cesar Filho (Cidadania), disse que não iria comentar o conteúdo das matérias antes que as mensagens fossem protocoladas na Casa.
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