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Reforma da Previdência proposta por Camilo cria saia-justa para deputados da base
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

Reforma da Previdência proposta por Camilo cria saia-justa para deputados da base

Camilo e bancada estadual (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Camilo e bancada estadual

A reunião em que o governador Camilo Santana (PT) apresentou a proposta de reforma da Previdência dos servidores a deputados da base, nessa segunda-feira, não foi livre de tensões. Não da parte da oposição, que até já se antecipou e disse que vota a favor do texto enviado nesta manhã à Assembleia Legislativa e lido em plenário, antes que a sessão fosse suspensa. Mas entre aliados do petista mesmo.

Deputados com quem O POVO conversou afirmaram que a reforma desarma o discurso de legendas como PT e PDT, que foram contra a reforma das aposentadorias no âmbito federal. A legenda brizolista, por exemplo, fechou questão contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que tramitou no Congresso. Infiéis como a deputada Tabata Amaral chegaram a ser alvo de processo administrativo. Com o PT não foi diferente. O partido capitaneou uma ofensiva antirreforma durante todo o trâmite da medida.

Ainda que sua suavizada, a proposta do Governo do Estado não está tão distante do que foi apreciado pela Câmara e Senado. Salvo uma ou outra mudança, é o mesmo texto. A espinha-dorsal está lá.

Essa foi a principal queixa de deputados petistas no encontro de ontem. A de que a aprovação de uma reforma nas aposentadorias dos servidores estaduais, às vésperas de um ano eleitoral, fere de morte o discurso político que se amparava na crítica ao fim das aposentadorias. Sem isso, o que vai restar de arma para 2020?

Reservadamente, um parlamentar afirmou que mesmo a antecipação da votação para dezembro não atenua as preocupações. Afinal, muitos deputados estaduais estarão nas ruas pedindo voto ano que vem.

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