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A competitividade do Cearense Feminino após a terceira rodada
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Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil

Iara Costa esportes

A competitividade do Cearense Feminino após a terceira rodada

Goleadas de Guarany de Sobral e Menina Olímpica e vitória do Ceará diante do Fortaleza dão ao campeonato maior ar de disputa
Ceará e Fortaleza disputam Clássico-Rainha pela final do Cearense Feminino de 2021.  (Foto: Leonardo Moreira / Fortaleza EC)
Foto: Leonardo Moreira / Fortaleza EC Ceará e Fortaleza disputam Clássico-Rainha pela final do Cearense Feminino de 2021.

Com calendário mais enxuto, o Campeonato Cearense Feminino de 2021 é daqueles torneios em que cada jogo vale bem mais que três pontos. Ao final da terceira rodada, é possível identificar que as equipes que disputam a competição finalmente perceberam isso. 

No último domingo, 24, o Guarany finalmente marcou os primeiros gols na competição. As Bugrinas venceram o São Gonçalo por 4 a 2 fora de casa. Com tentos marcados por Aline, Keké (2 vezes) e Keylany, o time estreante saiu da lanterna, indo para a quarta colocação na tabela. Nessa posição, é possível que o time de Sobral passe a sonhar em brigar pela vaga para a Série A3 do Brasileiro de 2022.

No mesmo dia, no estádio Raimundão, a Menina Olímpica goleou o Tianguá por 7 a 2. Ildelene, Camila, Bruna, Adriana, Gabriela, Vitória e Ana Késia marcaram para a equipe vencedora. Com o triunfo, o time ocupa agora a segunda colocação. Apesar de ter a mesma quantidade de pontos que o Fortaleza, o time está na vice-liderança por ter saldo de gol superior ao Tricolor. 

Os dois placares dão ao torneio a competitividade que precisa e foi ausente nas edições anteriores. Pelas diferenças financeiras, nos anos que se passaram, as equipes cearenses cumpriam tabela de um campeonato que já se sabia que seria vencido por Ceará ou Fortaleza. Embora o predomínio ainda seja das equipes da Série A2, esse Estadual, ao final desta terceira rodada, se mostra diferenciado por termos a Menina Olímpica com a mesma quantidade de pontos que o Fortaleza, 6, e um saldo de gols até maior que o das Leoas. 

Embora a disparidade entre as equipes ainda seja grande, é bom ver isso acontecendo por dois motivos. Primeiro, as outras equipes mostram que não existe somente Ceará e Fortaleza na tabela e que elas podem se destacar, que podemos sonhar com o futebol feminino cearense se expandindo. Segundo, ter uma equipe com menos recurso à frente na tabela coloca o Tricolor em alerta, tanto para o Estadual quanto para o projeto para o Brasileiro do próximo ano.

Falando no Tricolor, a equipe comandada pelo técnico Igor Cearense iniciou o Clássico-Rainha com uma boa proposta. Jogando fora de casa, o grupo optou por jogar mais recuado frente a um Ceará ofensivo. Quando se renuncia do seu jogo para se adaptar ao do adversário, no entanto, é preciso estar atento nas formas e nos momentos para contra-atacar. Embora em muitos momentos o grupo tenha deixado o jogo mais equilibrado, analiso que a derrota veio pelo fato de o time ter deixado de lado, por preciosos minutos, a sua própria forma de jogar. Como o campeonato é curto, não há jogo de volta para que a equipe recupere o resultado, que custou a vice-liderança do campeonato, agora ocupada pela Menina Olímpica. 

Do outro lado do campo, o Ceará, que venceu por 1 a 0 com gol marcado por Rafa, vai se firmando como favorito ao título. Em três jogos, foram 15 gols marcados e nenhum sofrido. Esses números destacam não só o trabalho coletivo do grupo, muito bem apresentado até aqui, mas também o individual das jogadoras alvinegras, em especial de Livyan e Thayslane, que são as artilheiras da competição.

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